CZS não se resume a um “Z”, mas a um alfabeto inteiro de lideranças

CZS não se resume a um “Z”, mas a um alfabeto inteiro de lideranças

Após um primeiro mandato marcado por conquistas e realizações em Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima se prepara para enfrentar novos desafios. Enquanto celebra sua reeleição e feitos como a ampliação do atendimento em saúde e a melhoria da infraestrutura urbana, nos bastidores, as tensões políticas colocam em risco a coesão de seu governo. “Recados” enviados por assessores em seu nome geram preocupação sobre a unidade da aliança, e o novo mandato pode se tornar complicado. Já estão “nomeando” secretários novos, descartando os que passaram tantas batalhas junto ao gestor.

Durante seu primeiro mandato, Zequinha mostrou habilidade no diálogo, fundamental para sua reeleição, liderou e priorizou projetos de impacto na cidade, como a construção de um complexo esportivo e a pavimentação de ruas. Ele também investiu na zona rural, ampliando as ações de mecanização agrícola, oferecendo suporte técnico, novos equipamentos e construindo açudes, além de garantir ramais acessíveis e apoio para a produção da agricultura familiar.

Na área da saúde, Zequinha melhorou o atendimento no Centro do Idoso, aumentou a capacidade do Centro de Diagnóstico e reformou unidades de saúde. Ele também fez investimentos em educação e criou a Empresa Cruzeirense de Obras Públicas e Serviços de Urbanização (ECOPS), que melhorou a limpeza e a iluminação pública. Além disso, apresentou o PCCR para os servidores da saúde, que acrescentou R$ 120 mil mensais à folha de pagamento, beneficiando muitos trabalhadores. Essas ações foram cruciais para o desenvolvimento da cidade e fortaleceram sua liderança.

Esta semana, o secretário municipal de Meio Ambiente, Ygoor Bessa, pediu exoneração do cargo após quase 4 anos de trabalho, o que gerou especulações, especialmente considerando que sua gestão foi amplamente reconhecida nacionalmente. A iniciativa do EcoPonto, por exemplo, trouxe à cidade de Cruzeiro do Sul dois importantes prêmios: o Prêmio Prefeito Empreendedor, concedido pelo SEBRAE, e o reconhecimento de alternativas sustentáveis, pelo Ministério do Meio Ambiente. Passados 30 dias da reeleição de Zequinha, a transição ainda não foi iniciada e o clima nos bastidores é de indecisões e rumores. A saída de Bessa, especialmente em um momento tão precoce e sem um anúncio claro, é preocupante. Levanta-se a dúvida: seria isso reflexo das inseguranças internas, das ingerências políticas, ou apenas mais um movimento típico do jogo político? Ou, de fato, seria uma decisão pessoal do próprio secretário, que agora parece dispor de menos espaço no governo?

Após um período de reflexão pós-campanha, Zequinha voltou a eventos públicos e, durante a entrega da duplicação da AC-405, afirmou que, a partir de 1 de janeiro, haverá um novo governo guiado por valores como união, parceria, lealdade e diálogo. No entanto, um clima de tensão nos bastidores, com “recados” e declarações em seu nome, sugere divisões. Muitos consideram essa postura um erro estratégico e uma falta de alinhamento de seus assessores, destoando da imagem que Zequinha construiu ao longo de sua vida pública. Ele não é de terceirizar responsabilidades ou fugir de debates, nem de deixar alguém para trás.

O sucesso da aliança que se formou em Cruzeiro do Sul reside na capacidade de respeitar e equilibrar diferentes lideranças e perspectivas. A dinâmica política em CZS não se resume a um “Z”, mas se estende por um alfabeto inteiro de lideranças, colocando Zequinha em uma posição desafiadora para garantir a continuidade de seu legado e a coesão de sua base. A expectativa é como ele lidará com essa nova realidade e se conseguirá manter suas convicções e princípios diante de um cenário político conturbado.

Redação068

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