Desmatamento no Acre é sinal de alerta!
Entre os anos de 2008 e 2018, a máxima de desmatamento no Acre foi de 426.6 km² (2018). Se mantendo, nesse período, sempre entre 200 e 300 km². A partir de 2019, esse índice anual passou a subir cada vez mais, começando em 706.9 km²; com 660.7 km² em 2020; 892.1 em 2021 e chegando a 950.7 km² em 2022. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), atualizados no último dia 30 de novembro.
O alerta é claro, no Acre, o desmatamento disparou e segue em alta e sem controle aparente. Neste editorial, não questionamos as causas para esses últimos quatro anos de derrubada sem freio em nossas florestas. Fica aqui o questionamento qual vai ser o tratamento do Governo de Gladson Cameli para os próximos quatro anos.
Para a população acreana, vê-se que essa questão de floresta em pé não é quesito para decidir um governo. Logo, Gladson não vai precisar se preocupar em criar um comando e controle para conter os altos índices.
Porém, nas últimas Conferências das Partes, a COP, das Nações Unidas, o governo acreano fez questão de estar presente e apresentar suas políticas públicas para o setor ambiental. Grana! Tem dinheiro em jogo. Por exemplo, na COP 27, no Egito, este ano, o Estado fez uma prospecção de U$ 300 milhões com cinco financiadoras internacionais, cujos recursos poderão ser utilizados em políticas de preservação ambiental, pelo prazo de 4 anos.
E, uma das suas pautas mais importantes nesta COP 27, o Acre conseguiu a “prorrogação do acordo em separado do Programa REM entre o governo do Estado do Acre e o governo alemão, por meio do banco internacional KfW”, conforme matéria da Agência de Notícias do Acre. “A prorrogação habilita o Estado por mais um ano, até dezembro de 2023, para receber o saldo que ainda há da cooperação internacional, que gira em torno de 10,8 milhões de euros”.
A pergunta é: as instituições internacionais vão patrocinar o desmatamento do Acre? Ou, o governo Gladson vai, finalmente, controlar a derrubada das matas primárias do estado, dar voz para comunidades tradicionais e investir em um desenvolvimento moderno, em consonância com grandes potências mundiais? São mais quatro anos para sabermos.