Aleac tem debates sobre contrato com a MedTrauma, governo e aliados fazem a defesa

Aleac tem debates sobre contrato com a MedTrauma, governo e aliados fazem a defesa

Em uma sessão movimentada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (20), o debate sobre as alegações de irregularidades e superfaturamento no contrato entre o governo do Estado e a empresa MedTrauma Serviços Médicos Especializados Ltda. evidenciou um claro embate entre defensores do governo e membros da oposição. A discussão foi impulsionada por questões levantadas após a veiculação de uma reportagem no Fantástico, desencadeando argumentos acalorados de ambos os lados sobre a gestão da saúde pública no estado.

Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (20), um intenso debate sobre as alegações de irregularidades e superfaturamento no contrato entre o governo do Estado e a MedTrauma Serviços Médicos Especializados Ltda. veio à tona. A discussão foi iniciada após o deputado Afonso Fernandes (PL) solicitar esclarecimentos do secretário de Saúde do Estado, Pedro Pascoal, sobre as informações divulgadas em uma reportagem do Fantástico.

Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez uma conexão direta entre o caso MedTrauma e práticas anteriormente investigadas pela Polícia Federal. “Isso tem muito a ver com a Ptolomeu e com a tecnologia desenvolvida pelo governo do Estado: a tecnologia da ‘carona’ para a prática da corrupção,” afirmou, criticando a gestão dos contratos públicos sob a administração atual.

Pedro Pascoal defendeu a posição do governo, citando a desatualização da tabela do SUS como uma justificativa para os custos elevados. “São mais de 15 anos aí que nós não temos um reajuste… O fato de estarmos na Amazônia Legal dificulta a logística,” explicou, ressaltando as particularidades da prestação de serviços de saúde na região e negando qualquer prática irregular da empresa sob investigação.

Afonso Fernandes destacou a importância de uma análise detalhada e justa do caso, criticando a abordagem seletiva das investigações. “Assim como na construção civil, onde existe a tabela Sinap, a área da Saúde também enfrenta desafios com tabelas consideradas irrealistas,” pontuou, apelando para uma visão mais ampla que considerasse as autorizações do Tribunal de Contas da União para ajustes nos preços.

O caso em questão envolve a empresa MedTrauma Serviços Médicos Especializados Ltda., que se viu no centro de uma controvérsia após uma reportagem do Fantástico revelar alegações de superfaturamento e realização de cirurgias desnecessárias em hospitais públicos do Acre. As acusações apontam para um possível esquema de corrupção envolvendo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre). O embate destacou questões sobre a fiscalização e gestão dos contratos públicos de saúde, bem como a adequação dos preços praticados em procedimentos médicos, considerando a defasagem da tabela do SUS e as dificuldades logísticas da região da Amazônia Legal.

Redação068

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