Gladson se compromete com demandas do Povo Shawãdawa durante Festival Cultural

Gladson se compromete com demandas do Povo Shawãdawa durante Festival Cultural

Durante o Festival do Povo Shawãdawa, lideranças da comunidade se reuniram com o governador Gladson Cameli para entregar uma carta detalhando necessidades específicas da comunidade. A carta destaca a realidade de 900 indígenas e 340 alunos que frequentam escolas estaduais na região. Entre os pedidos, estão a implementação do ensino médio nas principais aldeias para evitar que os alunos tenham que deixar suas terras para estudar.

A comunidade também solicitou a construção de duas escolas com internet e placa solar, além da contratação de um quadro completo de funcionários. Outras demandas incluem a instalação de placas solares adicionais, construção de quatro açudes e a elaboração de um calendário de eventos para promover o turismo local. “Vamos lutar para atender 100% dos pedidos e vamos juntos”, declarou Gladson.

Aidê Lima, Kanamari, destacou a importância do festival na preservação da cultura indígena, que sofreu perdas devido à exploração dos seringais. “Hoje em dia, quem fala mais na cultura sou eu, que sou a mais velha. Isso significa que nós estamos levando nossa cultura pra frente porque estamos esquecendo de tudo, mas agora acordamos e mostramos que essa é nossa terra e que estamos aqui”, afirmou.

Francisca Arara, secretária de Estado dos Povos Indígenas do Acre, ressaltou a relevância do evento para o fortalecimento cultural. “O festival é só festa e alegria após a pandemia, porque perdemos parente também, então é comemoração da vida de reencontrar os anciões, receber da melhor forma possível.”

O Festival Kãda Shawã Kaya, realizado entre 27 e 29 de janeiro na Aldeia Foz do Nilo, em Porto Walter, apresenta canto, dança, cerimônias, jogos, brincadeiras, sessões de cura, manifestações culturais e práticas espirituais. O evento oferece aos visitantes uma imersão na cultura indígena, reforçando a identidade do povo Shawãdawa e gerando renda para a comunidade. Para chegar à aldeia, os visitantes enfrentam uma jornada de mais de oito horas de barco, navegando pelo Rio Juruá e pelo igarapé Cruzeiro do Vale.

Fonte: Agência de Notícias do Acre

Redação068

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