Governo do Acre amplia políticas de ressocialização com Fábrica de Chinelos em Cruzeiro do Sul

Governo do Acre amplia políticas de ressocialização com Fábrica de Chinelos em Cruzeiro do Sul

O governo do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), inaugurou nesta sexta-feira, 22, a segunda unidade da Fábrica de Chinelos “Sandálias da Esperança” no Complexo Penitenciário de Cruzeiro do Sul. O projeto é realizado em parceria com o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), com recursos do Orçamento Geral da União.

A iniciativa busca promover a capacitação e reinserção social de detentos por meio do trabalho. A primeira unidade do projeto foi inaugurada no dia 11 de novembro, em Senador Guiomard.

Durante a solenidade, o presidente do Iapen, Marcos Frank, destacou o papel do trabalho para os apenados. “Essa fábrica representa uma oportunidade para que essas pessoas, ao cumprirem suas penas, estejam prontas para recomeçar suas vidas no mercado de trabalho”, afirmou.

O juiz Elielton Zanoli, do Tribunal de Justiça, ressaltou a relevância do projeto. “A ressocialização é uma função do sistema prisional. Com iniciativas como esta, é possível oferecer capacitação e interromper o ciclo da criminalidade”, disse.

Um dos internos envolvidos no projeto declarou que o trabalho abre novas perspectivas. “Aqui dentro, a gente pode aprender e, quem sabe, sair daqui com uma chance de fazer diferente. Isso dá esperança para nós e nossas famílias.”

A fábrica terá capacidade para atender o mercado local e regional, gerando ocupação para os detentos e contribuindo para a redução da pena, conforme previsto na legislação: a cada três dias trabalhados, um dia é abatido da sentença.

O diretor de Reintegração Social do Iapen, André Vinício, reforçou a importância da iniciativa. “É uma oportunidade de reinserção na sociedade por meio do trabalho.”

O projeto faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pelo Iapen em Cruzeiro do Sul, que já inclui atividades como horta comunitária, posto de lavagem e marcenaria. Mais de 10% dos detentos da unidade participam desses programas.

A expectativa do governo é ampliar o projeto para outras unidades prisionais no estado, consolidando políticas públicas voltadas à reinserção social e buscando reduzir a reincidência criminal.

 Foto: Diego Silva/Secom. / Agência de Notícias do Acre

Redação068

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