Ministério da Saúde debate impactos das mudanças climáticas no avanço da tuberculose no G20
O Brasil, em conjunto com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), promoveu discussões sobre como as mudanças climáticas afetam o avanço da tuberculose durante a 4ª Reunião do Grupo de Trabalho da Saúde do G20, realizada em Natal, Rio Grande do Norte. A reunião aconteceu em setembro de 2024 e contou com a participação de países do G20.
O foco do encontro foi entender como as alterações no clima podem interferir no controle da tuberculose, doença que continua a ser uma preocupação de saúde pública em diversas partes do mundo. Representantes da área de vigilância em saúde do Ministério da Saúde destacaram como eventos climáticos extremos, como enchentes, podem prejudicar o acesso a medicamentos e a continuidade dos tratamentos.
Além disso, a microbactéria causadora da tuberculose pode ser afetada pelas mudanças ambientais, o que intensifica a necessidade de pesquisas mais aprofundadas sobre o tema. O debate também incluiu questões sobre proteção social e sobre como os países de baixa e média renda podem ser apoiados para enfrentar a doença de maneira mais eficaz diante das mudanças climáticas.
Como parte dos esforços do Brasil, o Ministério da Saúde destinou, em julho de 2024, R$ 100 milhões para ações de controle da tuberculose no país, dos quais R$ 639,5 mil foram repassados ao Acre. Esse recurso é destinado ao fortalecimento da vigilância e controle da doença, especialmente em regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas.
O evento também destacou a importância de construir sistemas de saúde mais resilientes e ambientalmente sustentáveis como estratégia central para lidar com os desafios das mudanças climáticas e melhorar a saúde global. Durante o encontro, foram exploradas formas de cooperação internacional para mitigar esses impactos e garantir que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que incluem a eliminação da tuberculose até 2030, sejam alcançados.