Polícia Federal deflagra operação contra desmatamento no sul do Amazonas
A Polícia Federal (PF), com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, realizou uma nova operação para combater desmatamentos e queimadas ilegais na região sul do estado do Amazonas. A ação, denominada Operação Ignis, ocorreu nos municípios de Boca do Acre e Lábrea, e teve como objetivo identificar e reprimir atividades de degradação ambiental na área.
Durante a operação, foram realizadas buscas em uma propriedade situada na Gleba Pública Federal Bom Lugar, nas proximidades de Boca do Acre e Lábrea. Os agentes identificaram 250 hectares de mata nativa que foram desmatados e queimados, indicando um ciclo criminoso que envolve o uso de fogo para a degradação da área desmatada. No local, foram encontrados diversos equipamentos utilizados na prática do crime ambiental, incluindo motosserras, galões de combustível e óleo de motor, além de armas de fogo, o que reforça a organização dos envolvidos nas atividades ilegais.
Como resultado, uma pessoa foi presa em flagrante e conduzida à Base Integrada Araçari, em Boca do Acre, juntamente com o material apreendido. A base, que atua de forma integrada com a Polícia Federal, Força Nacional e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é um ponto de coordenação das atividades de fiscalização e combate aos crimes ambientais na região.
A Operação Ignis faz parte do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas, e reforça o compromisso das autoridades em intensificar o combate às atividades ilícitas que afetam a preservação do bioma amazônico. As ações conjuntas entre a Polícia Federal, a Força Nacional e os órgãos ambientais são fundamentais para garantir a preservação da floresta e a responsabilização de quem participa da sua devastação.
A operação acontece em um momento crítico para a Amazônia, onde o aumento das queimadas e o avanço do desmatamento têm gerado preocupações tanto a nível nacional quanto internacional. As autoridades ressaltam a importância de manter a vigilância e o monitoramento das áreas mais afetadas, além de seguir investindo em ações integradas para a proteção do meio ambiente.
A pessoa presa durante a ação responderá por crimes ambientais e poderá ser condenada a cumprir pena de reclusão e pagar multa conforme a legislação ambiental vigente no Brasil. A PF destaca que novas operações devem ser realizadas na região com o intuito de coibir qualquer avanço de práticas ilícitas e fortalecer a fiscalização nos pontos mais vulneráveis.