Queimadas no Acre afetam fauna e provocam alerta sobre a qualidade do ar

Queimadas no Acre afetam fauna e provocam alerta sobre a qualidade do ar

As queimadas no estado do Acre, registradas entre janeiro e setembro de 2024, já deixaram aproximadamente 400 animais silvestres mortos ou feridos. Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), o número de incêndios florestais tem crescido significativamente, impactando diretamente a fauna local e a qualidade do ar.

Foram contabilizadas 4.787 ocorrências de queimadas no estado durante o período, contra 3.117 registradas no mesmo intervalo em 2023. O número de focos de calor ultrapassou 5 mil, com os incêndios afetando diferentes regiões do Acre. A operação Fogo Controlado, coordenada pelo CBMAC, conta com 115 militares e 16 bases operacionais para combater os incêndios e resgatar animais atingidos.

Animais como serpentes e roedores, em busca de abrigo, têm sido encontrados em áreas urbanas. Aqueles que necessitam de atendimento são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde recebem cuidados e são reintegrados a locais seguros.

Além dos danos à fauna, as queimadas têm causado problemas relacionados à poluição do ar. Em Rio Branco, a plataforma IQAir apontou a cidade como a mais poluída do Brasil em tempo real, com níveis de poluição que chegaram a 469 microgramas por metro cúbico, 31 vezes acima do limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Somente na primeira quinzena de setembro, mais de 2 mil focos de queimadas foram registrados no Acre. O município de Feijó apresentou 630 focos, seguido por Tarauacá, com 415, e Cruzeiro do Sul, com 241. A situação se agrava devido às queimadas nos estados vizinhos e em países fronteiriços, como Peru e Bolívia, que contribuem para o aumento da poluição.

Redação068

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