Bocalom participa de audiência pública sobre Programa Ruas do Povo
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, esteve presente em uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir a responsabilização da manutenção das ruas judicializadas do Programa Ruas do Povo. Esse programa, gerido pelo Governo do Estado, teve um investimento de quase R$ 1 bilhão em todo o estado, sendo mais de R$ 400 milhões aplicados na capital.
Durante a execução das obras, alguns contratos foram judicializados, o que resultou na não conclusão dos serviços. Esse impasse tem gerado debates acalorados entre a prefeitura e o governo, que buscam definir quem será responsável pela manutenção dessas ruas na capital acreana.
Durante a audiência, o prefeito Tião Bocalom apresentou os investimentos que a gestão municipal está realizando por meio dos programas Recupera Rio Branco e Manutenção Contínua. Além disso, ele mencionou o Programa Asfalta Rio Branco, que está previsto para começar no início do segundo semestre.
Bocalom afirmou estar disposto a estabelecer parcerias com o Governo do Estado para a execução das obras, uma vez que a prefeitura não possui orçamento nem capacidade de investir em projetos que são de responsabilidade do Executivo Estadual.
José Bestene, presidente do serviço de saneamento do Estado e representante do governador Gladson Cameli na audiência, afirmou que o governo vai propor uma parceria com a prefeitura para a execução dos serviços.
A audiência contou com a participação de técnicos do governo e da prefeitura, vereadores, representantes do Ministério Público e lideranças comunitárias. Durante o evento, Armando dos Santos, representante da comunidade do Jardim Panorama, ressaltou a importância de um entendimento entre as partes envolvidas para resolver o impasse.
O promotor de justiça Luiz Henrique Correia Rolim, titular da Promotoria de Habitação e Urbanismo, informou que há um inquérito civil em andamento no Ministério Público para apurar as irregularidades relacionadas ao Programa Ruas do Povo.
Após os pronunciamentos dos órgãos envolvidos, a Prefeitura de Rio Branco e o Governo do Acre irão debater para encontrar uma solução, contando também com a participação do Ministério Público e da Câmara de Vereadores.