Incêndios avançam no Acre e corredor de fumaça atinge Rio Branco
Os incêndios florestais no Acre, intensificados pela estiagem prolongada e agravados pelo fenômeno El Niño, estão afetando diretamente Rio Branco e diversas outras cidades do estado. Em Rio Branco, focos de fogo já atingiram áreas de vegetação e se aproximam de residências, representando uma ameaça à população local. Especialistas destacam que o estado está inserido em um “corredor de fumaça” que afeta várias regiões da Amazônia Legal, resultado de queimadas intensas que se somam aos incêndios no Pantanal e em áreas fronteiriças com a Bolívia.
O aumento dos focos de incêndio no Acre reflete um cenário mais amplo na Amazônia, que desde janeiro já registrou mais de 64 mil focos de queimadas. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contabilizou, apenas em agosto, 22 mil focos, o maior número desde 2008. A seca severa, potencializada pelo El Niño e pelo aquecimento do Oceano Atlântico, contribuiu para a antecipação do período crítico das queimadas, que geralmente se concentra entre agosto e outubro.
A fumaça gerada por essas queimadas está impactando a qualidade do ar em várias regiões do Brasil, incluindo Rio Branco, o que preocupa as autoridades de saúde pública e ambiental. A previsão é que a situação piore nos próximos dias devido às condições climáticas, que favorecem a propagação da fumaça por grandes distâncias.