Mais de 35 pessoas foram resgatados em situação análoga à escravidão no Acre, durante operação Resgate 2

No Brasil, equipes de fiscalização que participam da segunda edição da Operação Resgate libertaram, em menos de um mês, 337 pessoas que trabalhavam em condições semelhantes à escravidão. Ao menos 149 destes trabalhadores também foram vítimas de um segundo crime, o tráfico de pessoas.O número de pessoas libertadas desde o último dia 4, quando a operação foi deflagrada, representa um aumento de cerca de 176% em comparação ao resultado alcançado no ano passado, quando 136 trabalhadores foram libertados.

No estado do Acre, durante a Operação Resgate 2, neste mês 37 pessoas foram resgatados em situação análoga à escravidão. Os dados da operação foram divulgados pela Procuradoria Geral da República (PGR) na última quinta-feira (28).

As pessoas resgatadas no Acre, trabalhavam numa área de desmatamento para abertura de pasto para gado na BR-364, próximo ao município de Manoel Urbano, interior do Estado. As irregularidades encontradas foram, falta de pagamento de salários, ausência de alimentação adequada e fornecimento de água potável e venda de alimentos e ferramentas de trabalho a preços caros para manter os trabalhadores endividados com o empregador.

A operação reuniu Ministério Público Federal (MPF); Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho; Ministério Público do Trabalho (MPT); Polícia Federal (PF); Defensoria Pública da União (DPU); e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os empregadores flagrados foram notificados a interromper as atividades, formalizar o vínculo empregatício dos trabalhadores submetidos às condições análogas à escravidão e pagar a suas vítimas mais de R$ 3,8 milhões em verbas salariais e rescisórias, podendo ainda responder criminal e administrativamente.