O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), deu início nesta terça-feira, 23, à 1ª Oficina Conjunta de Eliminação da Malária no Estado, realizada no auditório da Unama, no Via Verde Shopping. O encontro, que se estende até quinta-feira, 25, reúne especialistas, gestores e profissionais de saúde de 19 municípios, em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A oficina tem como foco qualificar os profissionais que atuam diretamente no combate às endemias, oferecendo novas metodologias de diagnóstico, tratamento e monitoramento da doença. A expectativa é de que os participantes se tornem multiplicadores em seus municípios, fortalecendo a execução do plano estadual de eliminação da malária.
De acordo com a secretária adjunta de atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, o Acre tem avançado de forma consistente no enfrentamento à doença. “Temos como meta eliminar a malária no estado até 2035. Entre 2020 e 2024, já alcançamos uma redução de 52,7%, um resultado que confirma que estamos no caminho certo”, destacou.
A malária é uma doença infecciosa transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, calafrios, fadiga e mal-estar. O diagnóstico rápido e o tratamento adequado são fundamentais para interromper a cadeia de transmissão e evitar complicações graves. Na Amazônia, onde o clima e as áreas de floresta favorecem a reprodução do mosquito, a doença ainda representa um desafio histórico para a saúde pública.
O coordenador do Programa Estadual de Malária, Júnior Mota Pinheiro, ressaltou que a iniciativa já era aguardada pelos municípios e vai permitir melhorias concretas na rede de atendimento. Segundo ele, a estratégia inclui a adoção de novas ferramentas de diagnóstico e tratamento, além de fortalecer a atuação de supervisores de campo e gerentes de endemias. “O Acre já está cinco anos à frente da meta nacional estabelecida pelo Ministério da Saúde. Estamos em um patamar seguro e caminhando para eliminar a malária antes mesmo de 2035”, afirmou.
Entre os participantes, Vidal Muniz Dias, coordenador de combate às endemias de Mâncio Lima, destacou os avanços já obtidos e a importância da troca de experiências durante a oficina. “Em janeiro deste ano registramos 84 casos de malária e, em agosto, encerramos o mês com apenas nove. Esse avanço é fruto da vigilância, do trabalho diário de educação em saúde feito pelos agentes de endemias e também do diagnóstico precoce e do tratamento oportuno. A oficina nos permite adquirir novas estratégias e levar esse conhecimento para o município, reforçando o objetivo de eliminar a malária”, avaliou.
O coordenador de Eliminação da Malária do Ministério da Saúde, Alexander Vargas, que participa diretamente da programação, reforça a importância da preparação conjunta para os diferentes cenários da doença no país. Ele explicou que alguns municípios já não registram casos há anos, enquanto outros ainda enfrentam transmissão ativa. “Nosso objetivo é preparar estados e municípios para agir rapidamente em casos suspeitos, garantindo diagnóstico e tratamento oportunos e evitando surtos. O Acre tem se destacado e está em situação melhor do que a meta proposta, o que nos dá confiança de que será um dos primeiros estados a alcançar a eliminação”, concluiu.
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