Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Emerson Jarude (Partido Novo) fez duras críticas ao projeto de lei do Governo do Estado que trata do chamado “orçamento climático”. Segundo o parlamentar, a proposta, apesar de conter termos técnicos e linguagem moderna, não apresenta medidas concretas que impactem positivamente a vida dos acreanos.
Jarude afirmou que o texto do projeto está repleto de expressões como “transversalidade”, “marcadores climáticos” e “governança climática”, mas carece de efetividade prática. “Quando o povo vai ver na prática o que significa isso, não significa nada. A gente não consegue achar dentro do projeto absolutamente nada que vá mudar a vida do seu João, da dona Maria, do produtor rural”, disse o deputado.
Para ele, o projeto tem caráter meramente burocrático e midiático, servindo apenas para que o Estado apresente resultados em eventos internacionais. “É papel e marketing pra chegar lá na COP30 e dizer que o Acre está tomando providências quanto às questões climáticas”, criticou.
Emerson Jarude sugeriu que, em vez de investir recursos em viagens e diárias relacionadas a pautas ambientais sem retorno concreto, o governo deveria direcionar esforços para fortalecer o setor produtivo. “O produtor rural quer mais investimento em animais, em maquinário, quer a tranquilidade de poder trabalhar e não ser multado por isso. Essa é a realidade do Acre”, afirmou.
O deputado concluiu dizendo que, embora o projeto deva ser analisado pelas comissões e provavelmente aprovado, não trará mudanças efetivas à economia e à vida dos trabalhadores rurais.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale
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