O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) desenvolve, por meio de suas equipes de Assistência Social e Psicologia, ações que têm como foco a garantia de direitos e o fortalecimento dos vínculos afetivos, além da preparação para o retorno de pessoas em situação carcerária ao convívio em sociedade. As iniciativas são coordenadas pela Divisão de Assistência Social e Atenção à Família e realizadas em todas as unidades prisionais do Estado.
O trabalho das equipes técnicas vai além do atendimento direto ao público interno nas penitenciárias, sendo responsável pela viabilização da emissão de documentos, pela Comissão Técnica de Classificação, que trata da individualização da pena de cada pessoa em situação de prisão, além das videochamadas com familiares que, por diversos motivos, não têm acesso às unidades para realizar visitas presenciais.

Segundo a chefe da divisão, Cláudia Costa, o fortalecimento das relações familiares é uma das prioridades da assistência social no sistema penitenciário. “A pessoa está hoje em situação de prisão, porém vai retornar ao convívio com seus familiares. É importante que a gente trabalhe para que esses vínculos não se percam e que danos maiores não ocorram nem com quem está preso, nem com a família, que também sofre situações de vulnerabilidade”, afirma.

O Núcleo de Atenção à Família (NAF) é um dos braços dessa atuação. O setor funciona como uma ponte entre o custodiado e seus parentes, garantindo que informações importantes sobre rotinas e procedimentos cheguem de forma clara e segura aos familiares. O núcleo também é responsável por receber os materiais autorizados em portaria e prestar suporte para emissão de carteiras de visitante, renovação e alterações.
No Complexo Penitenciário de Rio Branco, o acompanhamento é reforçado pelo Núcleo Multiprofissional, composto por assistentes sociais e psicólogos. A coordenadora técnica Elen de Melo destaca que o suporte é integral: “Realizamos atendimentos sociais e psicológicos, recebemos as solicitações feitas pelos internos e providenciamos encaminhamentos para trabalho, escola e saúde. Também oferecemos videochamada para quem não recebe visita física, promovendo aproximação e resgate de laços fragilizados, fundamentais para a reintegração social”.

O recurso das videochamadas tem se mostrado essencial para manter vivo o vínculo familiar durante o cumprimento da pena. Um dos reeducandos atendidos, J.V., atesta como a iniciativa tem feito diferença em sua rotina. “Mesmo distante, mesmo atrás do muro carcerário, consigo manter proximidade com minha família. Isso nos dá vigor para continuar superando as barreiras e dificuldades dentro do cárcere”, relata.

O atendimento às famílias também é reconhecido do lado de fora das unidades. Para V.S., que buscava apoio para atendimento e documentação, o acolhimento recebido foi determinante.
“Eles atendem a gente com muito carinho e compreensão. Foi tudo muito rápido e isso é importante para quem está aqui buscando esse serviço. Para mim, conseguir essa carteira é muito importante, porque tenho um familiar lá dentro. Isso fortalece e acolhe”, afirma.

Dignidade e humanidade são palavras que descrevem o objetivo que ações de ressocialização, como essas, promovem no sistema prisional, o que permite a reconstrução de histórias dentro e fora das grades.
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