Em resposta ao discurso do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), o líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Manoel Moraes (Progressistas), saiu em defesa da gestão estadual e afirmou que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), da Saúde será concluído e executado, mas “com responsabilidade e sem práticas de má fé”. A fala ocorreu durante a sessão desta terça-feira (18), acompanhada por dezenas de trabalhadores da saúde que lotaram as galerias.
“Falar é fácil. Difícil é resolver”, diz Manoel Moraes
O progressista iniciou saudando os servidores e enfatizando que a categoria sempre será bem-vinda na Aleac. Ele reconheceu a importância do diálogo, mas rebateu críticas feitas pela deputada Michelle Melo (PDT) e por Edvaldo Magalhães (PCdoB).
Segundo o líder, embora a categoria tenha enfrentado demora na conclusão do plano, isso não se deve à falta de vontade política: “Governar não é tão fácil. Falar é bom, criticar é fácil. Difícil é resolver. E nós estamos aqui tentando resolver”.
Ele justificou que a Saúde é a única área para a qual o governo contratou uma empresa especializada, justamente pela complexidade da estrutura: “Dentro da saúde tem mais de 300 subcategorias. Não se faz um plano desses do dia para a noite. Só pessoas de má fé dizem que é simples”.
Governo e deputados não são “covardes”, afirma líder
Dirigindo-se a Edvaldo Magalhães, Manoel Moraes afirmou que respeita o colega, mas rejeitou sua fala sobre “covardia” e sobre a suposta possibilidade de parlamentares votarem contra o plano. “Aqui dentro dessa Assembleia, na hora que chegar o Plano da Saúde, todos os deputados vão votar. Não tem nenhum contra. Então não queira jogar deputados contra o público por seu interesse”.
O líder defendeu também o governo: “Nem os deputados, nem o governo, são covardes. Isso nós não somos”, disse.
Processo está na Procuradoria, e execução é garantida, diz Moraes
Segundo o deputado, todas as etapas técnicas já foram cumpridas: estudo financeiro finalizado; estudo político concluído; análise administrativa pronta.
Atualmente, o PCCR está na Procuradoria-Geral do Estado e no Ministério Público, que analisam a legalidade da proposta. “Se fizer errado, depois vai ser questionado na Justiça. Por isso está na Procuradoria. Quando voltar, vamos para a última fase, que é executar. E vai ser executado”, explicou.
Ele insistiu que o governo não recuará: “Mesmo que vocês digam que não, vai ser executado. Porque temos respeito pelos funcionários da saúde e por todos os servidores do Estado”.
Uso da Justiça é parte da democracia, diz líder
Respondendo às críticas feitas sobre judicialização do movimento grevista, Manoel Moraes afirmou: “A Justiça faz parte da democracia. Qualquer um pode recorrer. Democracia é Executivo, Judiciário e Legislativo funcionando”, complementou.
O líder reforçou ainda que o governo continua comprometido com a categoria, mas pediu compreensão para os trâmites legais: “Não se faz um plano da saúde do dia para a noite. Com boa fé, não se faz. Com má fé, dizem que faz”, finalizou.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale
Sensação
Vento
Umidade



