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Ceia natalina 2025: Rio Branco tem queda no arroz e altas em frios e carnes

Por Arlene Pessoa, Belisa Souza e Marky Brito A Secretaria de Estado de Planejamento do Acre (Seplan), por meio do Departamento de Estudos, Pesqui...

24/12/2025 11h40
Por: Redação068
Fonte: Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

Por Arlene Pessoa, Belisa Souza e Marky Brito

A Secretaria de Estado de Planejamento do Acre (Seplan), por meio do Departamento de Estudos, Pesquisas e Indicadores (Deepi), conduziu, no início do mês, o quarto levantamento anual de custos da ceia natalina, realizado em oito estabelecimentos comerciais de Rio Branco, envolvendo os maiores supermercados e redes atacadistas da capital. O estudo visa fornecer ao consumidor uma referência sobre os preços médios de 45 produtos tipicamente consumidos na ceia natalina, distribuídos em seis categorias: alimentação, carnes, frios, frutas, frutas em calda e bebidas. A análise a seguir se concentra na variação do preço médio desses itens no período interanual, comparando dezembro de 2024 com dezembro de 2025.

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Dinâmica dos preços médios (2025 versus 2024)

Os resultados da Pesquisa da Cesta Natalina 2025 evidenciam um cenário de disparidade no comportamento inflacionário dos produtos essenciais para a ceia. Embora itens estratégicos tenham registrado redução, categorias como carnes especiais e bebidas apresentaram aumentos relevantes, pressionando o custo final da cesta.

Categoria alimentação: variação mista nos preços

A análise da categoria de alimentação (16 itens) demonstrou que oito produtos apresentaram redução de preço médio em relação a 2024. As quedas mais significativas ocorreram em itens de grande consumo: o arroz (tipo 1) registrou a maior variação negativa, com -35,89%. Outras reduções notáveis incluem o panetone de chocolate (-22,61%) e a farinha de mandioca (-16,61%).

Em contraste, outros oito itens dessa categoria registraram aumento. O aumento mais expressivo foi observado na azeitona preta (com caroço), que subiu 38,98%, seguida pela azeitona verde (sem caroço), com variação de 22,13%. O óleo de soja também apresentou alta de 6,07%.

Carnes e frios: itens de maior custo

A categoria carnes (9 itens) concentrou alguns dos maiores aumentos do período, com seis dos nove tipos registrando variação positiva. O bacalhau registrou o aumento mais expressivo na categoria, com 20,25% no preço médio, seguido pelo peru (12,10%) e pelo chester (11,73%). Por outro lado, o lombo (-0,47%), o frango (-0,46%) e o pernil sem osso (-0,27%) registraram leves reduções. Na categoria frios, o queijo destacou-se com uma redução considerável de -24,02% no preço médio. Contudo, o presunto (7,74%) e o salame (1,07%) tiveram ligeiro aumento.

Frutas e bebidas: variação mista nos preços

Na categoria frutas (9 itens), a maioria (sete) apresentou diminuição de preço. A redução mais expressiva foi no melão (-16,49%) e na laranja (-16,07%). Apenas a pera (12,84%) e o abacaxi (7,54%) registraram aumento. Em frutas em calda, houve forte redução no abacaxi (-46,59%) e na ameixa (-2,32%). Em contrapartida, o figo (7,46%) e o pêssego (0,50%) ficaram mais caros. A categoria bebidas (4 itens) foi marcada por um aumento generalizado. Os maiores acréscimos foram na sidra (6,69%) e no refrigerante (4,15%).

Disparidade de preços e variação interanual

Um dos aspectos técnicos mais críticos da pesquisa reside na elevada dispersão de preços (diferença entre o maior e o menor valor) observada nos estabelecimentos de Rio Branco. Em dezembro de 2025, o item com a maior disparidade percentual foi a pera, com uma variação alarmante de 232,59%.

Nas categorias de alto valor, a pesquisa revelou que o bacalhau teve uma variação de 91,19%. Na categoria frios, o presunto registrou uma variação ainda maior, de 96,65%. Essa discrepância acentuada reforça a importância da pesquisa de preços como ferramenta para o planejamento financeiro do consumidor, bem como a atuação dos órgãos de defesa do consumidor.

Pesquisar: o segredo eterno da boa economia

Os dados de 2025 indicam que o consumidor de Rio Branco deve enfrentar um custo final da ceia pressionado pelas altas das carnes especiais e bebidas, mas encontrará oportunidades de economia em produtos básicos como arroz e queijo. Dada a alta dispersão de preços verificada, que atingiu 96,65% no presunto e 91,19% no bacalhau, o principal conselho para a compra da cesta natalina em 2025 é a realização de uma pesquisa de preços intensa em diferentes estabelecimentos. Deve-se aproveitar a queda significativa de preços em itens como o arroz e o panetone de chocolate (-22,61%) e planejar com cautela a aquisição de produtos com forte alta, como a azeitona preta (com caroço) (38,98%) e o bacalhau (20,25%).

O relatório completo da pesquisa pode ser acessado aqui .

Arlene Pessoa é administradora (FAAO), coordenadora da Pesquisa da Cesta Natalina e chefe da Divisão de Estudos e Pesquisas (DIVEP/SEPLAN);
Belisa Silva e Souza é tecnóloga em Segurança Pública (UNAMA), chefe do Departamento de Estudos, Pesquisas e Monitoramento de Indicadores (DEEPI/SEPLAN);
Marky Brito é engenheiro florestal (UFRA), possui MBA em Gestão de Projetos (FGV), atualmente é diretor de Desenvolvimento Regional (DIRDR/SEPLAN).

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