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Acre

Governo mobiliza secretarias para apoio a famílias atingidas pela cheia dos rios

Pela primeira vez desde o início do monitoramento hidrológico, o Rio Acre transbordou ainda no mês de dezembro, configurando uma cheia histórica no...

28/12/2025 17h15
Por: Redação068
Fonte: Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

Pela primeira vez desde o início do monitoramento hidrológico, o Rio Acre transbordou ainda no mês de dezembro, configurando uma cheia histórica no estado. Diante do cenário atípico, o governo do Acre intensificou, neste domingo, 28, as ações do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, com foco no monitoramento dos rios, retirada preventiva de famílias e apoio humanitário às populações atingidas.

Defesa Civil Estadual monitora constantemente o nível dos rios no Acre. Foto: Jean Lopes/Secom
Defesa Civil Estadual monitora constantemente o nível dos rios no Acre. Foto: Jean Lopes/Secom

Na capital, Rio Branco, na última medição das 12h deste domingo, o Rio Acre chegou a marca de 15,04m. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, aproveitou para visitar pontos de alagação e acompanhou o funcionamento de abrigos públicos, incluindo uma unidade administrada pelo Estado na Escola Estadual Leôncio de Carvalho, destinada exclusivamente ao acolhimento de indígenas do contexto urbano. Atualmente, quatro escolas estão sendo utilizadas como abrigo na capital.

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Famílias indígenas do povo Huni Kuin estão no abrigo administrado pela Sepi. Foto: Jean Lopes/Secom
Famílias indígenas do povo Huni Kuin estão no abrigo administrado pela Sepi. Foto: Jean Lopes/Secom

Ao todo, 47 indígenas residentes em seis bairros da capital, especialmente na região do Bairro da Base, às margens do Rio Acre, foram retirados preventivamente e acolhidos no abrigo administrado pela Secretaria de Estado de Povos Indígenas (SEPI), onde recebem acompanhamento social e apoio humanitário.

Segundo o coronel Carlos Batista, o nível do Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento de forma incomum para o período. “Historicamente as grandes cheias costumam ocorrer entre fevereiro e março. O fenômeno é atribuído ao volume intenso de chuvas registrado nos últimos dias em todo o estado e também nas áreas de cabeceira do rio”, afirmou.

Coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista, destacou a ação do Estado para mitigar os danos causados pela cheia. Foto: Jean Lopes/Secom
Coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista, destacou a ação do Estado para mitigar os danos causados pela cheia. Foto: Jean Lopes/Secom

Até a manhã deste domingo, mais de 50 famílias haviam sido retiradas de áreas alagadas em Rio Branco, principalmente de regiões afetadas pelas enxurradas dos igarapés Dias Martins, Batista e São Francisco. Atualmente, 34 famílias, totalizando 115 pessoas, estão acolhidas em abrigos municipais.

A secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara, destacou que o Estado vem se preparando de forma antecipada para enfrentar eventos climáticos extremos e garantir suporte às comunidades indígenas afetadas pela enchente.

Secretária da Sepi, Francisca Arara, presta todo o apoio às famílias indígenas no abrigo. Foto: Jean Lopes/Secom
Secretária da Sepi, Francisca Arara, presta todo o apoio às famílias indígenas no abrigo. Foto: Jean Lopes/Secom

“O governo estadual, por meio da Secretaria de Povos Indígenas e da Defesa Civil, tem se estruturado e se preparado para dar apoio, com equipe, estrutura e recursos, diante dos eventos extremos. Estamos aqui com os indígenas que estão saindo de suas casas e sendo atingidos pela enchente. São seis bairros atendidos, com apoio permanente e equipes atuando 24 horas”, afirmou.

Nos abrigos, as famílias relatam que têm recebido assistência adequada. O indígena André Domingos afirmou que a estrutura oferecida tem garantido segurança à comunidade.

Indígena André Domingos, agradeceu o apoio do governo do Acre. Foto: Jean Lopes/Secom
Indígena André Domingos, agradeceu o apoio do governo do Acre. Foto: Jean Lopes/Secom

“Nós estamos tranquilos aqui, recebendo alimentação, água e apoio. O governo está dando esse suporte para nós, e isso deixa nossas famílias mais seguras enquanto o rio não baixa”, relatou.

Além da atuação do poder público, a cheia também mobilizou ações solidárias da sociedade civil. No bairro Hélio Melo, famílias atingidas pela elevação dos igarapés receberam apoio de voluntários da igreja Comunidade Batista Vida (CB Vida).

Equipe de voluntários da igreja CB Vida prestando apoio aos atingidas. Foto: Jean Lopes/Secom
Equipe de voluntários da igreja CB Vida prestando apoio aos atingidas. Foto: Jean Lopes/Secom

O voluntário Miqueias Gonçalves explicou que a igreja atua diretamente no auxílio às famílias afetadas, levando itens essenciais e apoio emocional neste momento difícil.

“A nossa igreja CB Vida sempre foi pautada para ajudar quem precisa. Diante da situação do bairro Hélio Melo, causada pela força da natureza, estamos aqui levando um pouco de dignidade, com materiais de limpeza, água e palavras de conforto para as pessoas que estão passando por esse momento de transtorno e tristeza”, destacou.

Voluntário Miqueias Gonçalves ressaltou o trabalho desenvolvida pela igreja. Foto: Jean Lopes/Secom
Voluntário Miqueias Gonçalves ressaltou o trabalho desenvolvida pela igreja. Foto: Jean Lopes/Secom

Cidades do Acre

No interior do estado, a situação segue em alerta. Em Tarauacá, o Rio Tarauacá ultrapassou a cota de transbordamento, resultando na retirada de famílias ribeirinhas. Em outra região, o Rio Purus transbordou em Santa Rosa do Purus, atingindo cerca de 60 famílias. Em Plácido de Castro, a elevação de igarapés também provocou alagamentos e a retirada de moradores de áreas de risco.

As ações do Estado ocorrem de forma integrada entre Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros Militar, secretarias estaduais e órgãos parceiros, com foco no monitoramento hidrológico contínuo, ações preventivas e resposta humanitária.

Corpo de Bombeiros auxilia na retirada das famílias. Foto: Jean Lopes/Secom
Corpo de Bombeiros auxilia na retirada das famílias. Foto: Jean Lopes/Secom

Os dados de chuvas reforçam a gravidade do cenário. Em Rio Branco, o acumulado de dezembro já soma 483 milímetros, quase o dobro da média esperada para o mês. Em Brasileia, o volume chegou a 436,8 milímetros, 82% acima da média histórica.

A Defesa Civil orienta que a população evite áreas alagadas, siga as recomendações das equipes de campo e busque informações apenas pelos canais oficiais. Em caso de emergência, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo 193 e a Polícia Militar pelo 190.

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