Equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) realizaram uma visita técnica às comunidades ribeirinhas em Cruzeiro do Sul, no Acre, para avaliar as condições de saúde e realizar um diagnóstico situacional. A região enfrenta uma seca prolongada, afetando o acesso à água potável e a segurança alimentar.
As comunidades visitadas estão localizadas em ramais que, além da seca, sofrem com a escassez de alimentos, impactando a produção agrícola, principal fonte de sustento das famílias. A visita contou com a participação das secretarias municipais e estaduais de saúde, além da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento.
A seca extrema, que já dura dois meses, tem deixado os igarapés secos, fonte tradicional de água para a população. As famílias estão utilizando açudes contaminados para higiene pessoal e outras necessidades, agravando as condições de saúde. Crianças e idosos apresentam sintomas como gripe e coriza, conforme relato da equipe de saúde.
De acordo com a Defesa Civil, a estiagem que começou em julho tem prejudicado a criação de peixes, importante tanto para o consumo quanto para a geração de renda local. As cacimbas e açudes estão secando, o que compromete ainda mais o abastecimento de água.
Durante a visita, os técnicos orientaram as autoridades locais sobre a necessidade de projetos de infraestrutura para perfuração de poços artesianos, visando a melhoria da qualidade de vida da população. O coordenador-geral de Mudanças Climáticas e Equidade em Saúde, Marco Horta, afirmou que a seca e a falta de água potável estão sendo monitoradas pela Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, que elabora ações para mitigar os impactos climáticos.
Além de Cruzeiro do Sul, a equipe da Força Nacional do SUS planejava visitar o município de Marechal Thaumaturgo, mas a visita foi adiada devido à densa fumaça das queimadas que atingem o estado.
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