Uma equipe do Centro de Operações de Emergência (COE) do Ministério da Saúde esteve no Acre nos últimos dias para reforçar ações contra arboviroses como dengue, Zika e chikungunya. As atividades integram o Plano Nacional de Contingência para Prevenção e Controle das Arboviroses, com medidas voltadas para fortalecer a vigilância epidemiológica, reorganizar os serviços de saúde e promover a eliminação de criadouros do mosquito transmissor.
Ações no Vale do Juruá e na capital
No Vale do Juruá, municípios como Cruzeiro do Sul, Feijó e Tarauacá receberam visitas técnicas que incluíram reuniões com gestores locais e orientações sobre estratégias de mobilização social. Segundo Marcos Malveira, coordenador estadual do COE, a situação na região é preocupante. "Já temos mais de 1.500 casos confirmados de dengue apenas nas duas primeiras semanas do ano. Precisamos orientar os municípios na elaboração de seus planos de contingência e, se necessário, na decretação de emergência para buscar mais orçamento junto ao Ministério da Saúde", afirmou.
Em Rio Branco, a equipe do COE visitou as Unidades de Referência em Atenção Primária (URAPs) para avaliar a capacidade da rede de saúde na resposta ao aumento de casos. A secretária adjunta de Saúde, Ana Cristina Moraes, destacou o diferencial do estado. "A visita é fundamental para reconhecer a realidade local, que difere de outros estados, e propor ações que nos auxiliem no enfrentamento das arboviroses. Saímos com o compromisso de capacitação técnica para o manejo clínico da dengue nas unidades de saúde", disse.
O vice-prefeito de Rio Branco, Alysson Bestene, ressaltou as ações realizadas na capital. "Iniciamos um processo de limpeza urbana e controle do vetor, com foco nos bairros mais afetados, como o Segundo Distrito, Cidade Nova e Cidade do Povo. Nos últimos dias, nossas equipes removeram mais de 250 toneladas de entulho e material orgânico", declarou.
Preocupação com o avanço das doenças
Weslley Vitor da Silva, coordenador-geral de Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, enfatizou a necessidade de antecipação das medidas. "Estamos aqui para entender a situação epidemiológica do Acre. A antecipação do aumento de casos de dengue, que normalmente ocorre entre fevereiro e março, é preocupante. Precisamos agir rapidamente para garantir atendimento eficaz à população, além de liberar recursos e treinar profissionais para enfrentar a crise", afirmou.
As ações federais contam com um orçamento de R$ 1,5 bilhão, destinado ao enfrentamento das arboviroses em todo o país. A expectativa é de que, com a cooperação entre União, estados e municípios, os impactos dessas doenças sejam reduzidos, e a rede assistencial consiga atender de forma eficiente os casos emergentes.
Estratégias de mobilização
Além das visitas técnicas, o COE promoveu orientações para a eliminação de criadouros do mosquito e campanhas de conscientização. A secretária Ana Cristina Moraes destacou que o plano estadual de intervenção já está em execução. "Estamos monitorando os municípios para mitigar os danos", afirmou.
O Ministério da Saúde destacou que a mobilização social e a educação em saúde são pilares fundamentais para o sucesso do Plano Nacional de Contingência. A ministra Nísia Trindade declarou em Brasília que o fortalecimento da vigilância e a ampliação da capacidade de atendimento são prioridades na estratégia nacional contra as arboviroses.
Com as ações antecipadas, espera-se uma redução significativa dos casos e uma resposta rápida às demandas da população afetada.
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