Em uma iniciativa voltada para enfrentar a insegurança alimentar, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, realizou nesta quinta-feira (23) uma visita técnica à obra da fábrica de leite de soja. O projeto, com investimento de R$ 1,56 milhão, está em fase final e deverá ser inaugurado em fevereiro, segundo a Secretaria de Infraestrutura.
A fábrica, com 346 metros quadrados de área construída, terá capacidade de produzir até 8 mil litros de leite de soja por dia. A proposta da prefeitura é utilizar essa produção para abastecer escolas públicas e unidades de saúde, oferecendo uma alternativa rica em nutrientes e adaptada a pessoas com intolerância à lactose, um problema cada vez mais recorrente.
Durante a visita, o prefeito destacou o caráter social e estratégico do projeto. "O nosso objetivo maior aqui é dar segurança alimentar a quem precisa. As nossas crianças nas escolas precisam desse tipo de iniciativa. No Brasil inteiro, já existem trabalhos semelhantes. Temos também idosos e outras pessoas com deficiência alimentar que poderão ser atendidos", afirmou.
Além disso, Bocalom defendeu o leite de soja como uma alternativa saudável ao leite de vaca. "Pode buscar os nutricionistas, que eles vão dizer que o leite de soja é muito melhor do que o leite de vaca", declarou. Ele também destacou a viabilidade econômica do projeto. "É um produto que não vai ficar caro, e eu estou feliz que o nosso leite de vaca está produzindo soja", brincou, em alusão ao incentivo à produção local de grãos.
Outro ponto enfatizado pelo prefeito foi o potencial da fábrica para impulsionar a agricultura local. A Secretaria de Agricultura, que será responsável pela operação do projeto, planeja oferecer apoio técnico e logístico aos pequenos agricultores interessados no cultivo de soja. "Se algum pequeno produtor quiser plantar, não tenha dúvida nenhuma que a secretaria vai dar todo o suporte para que ele possa plantar", garantiu Bocalom.
O secretário de Infraestrutura, Cid Ferreira, reforçou o compromisso com o prazo de entrega, prometendo que a obra estará concluída até o final de fevereiro. "Aqui temos 346 m² de área física, basicamente pronta. Até o final de fevereiro a gente entrega essa obra com todos os equipamentos instalados", explicou.
A promessa de produção de 8 mil litros diários dependerá não apenas da capacidade técnica da fábrica, mas também de um fluxo regular de matéria-prima e de uma logística eficiente para a distribuição do leite de soja. Apesar do otimismo da gestão, a implementação prática do projeto exigirá atenção especial a esses aspectos.
Para Bocalom, a fábrica de leite de soja é mais do que uma obra; é um marco que alinha inovação, saúde pública e incentivo à agricultura local. Contudo, o impacto real dessa iniciativa será medido na capacidade de transformar as condições de segurança alimentar em Rio Branco, especialmente entre as populações mais vulneráveis. A promessa está feita, e o desafio agora é torná-la realidade.
Foto: Val Fernandes/Secom
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