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Edvaldo Magalhães alerta para manobras do governo e exalta mobilização dos operadores de segurança pública

Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), na sessão desta terça-feira (13), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) ...

13/05/2025 23h15
Por: Redação068
Fonte: Aleac
Foto: Reprodução/Aleac
Foto: Reprodução/Aleac

Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), na sessão desta terça-feira (13), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) saudou os operadores da segurança pública presentes nas galerias da Casa e fez um alerta: “Vocês estão inaugurando as Jornadas de Maio. É a primeira categoria que inicia as mobilizações do mês, e estão fazendo isso no tempo certo. Mas é preciso estar muito atento”, disse.

O parlamentar abriu sua fala destacando a importância da mobilização dos servidores da segurança pública, que estiveram na Aleac reivindicando valorização e o cumprimento de compromissos assumidos pelo governo estadual. Para ele, a movimentação é essencial para reacender a esperança de avanços concretos nas pautas da categoria. “Porque senão, tudo fica no discurso. Compromissos não cumpridos não podem passar em branco”, enfatizou.

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Relatando uma conversa casual com policiais penais em um comércio local no último domingo (Dia das Mães), o deputado contou ter ouvido um desabafo que o marcou profundamente. “Um policial penal me disse, com um olhar seco: ‘O governador já tomou birra com a gente’. Isso me tocou, porque não foi provocado, foi um sentimento expresso com sinceridade por quem está na linha de frente e sente o descaso”, contou Edvaldo.

O oposicionista ainda revelou uma conversa com o secretário de Fazenda do Estado, José Amarísio Freitas, sobre o aguardado relatório da Lei de Responsabilidade Fiscal, previsto para ser divulgado entre os dias 15 e 20 de maio. Edvaldo chamou atenção para um possível “jogo de cena” do governo ao não contabilizar valores de um contrato milionário firmado com o Banco do Brasil, o que poderia comprometer artificialmente os indicadores fiscais e justificar o adiamento de reajustes e negociações salariais.

“A primeira parcela desse contrato já deveria ter entrado nos cofres públicos há 15 dias. A segunda já está vencida. E por que isso interessa a vocês? ”, questionou, dirigindo-se aos servidores nas galerias. “Porque, se não entra o recurso, o índice da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) continua no limite. E aí o governo pode alegar impedimento legal para não avançar nas negociações. Essa pode ser a trama em curso para empurrar as reivindicações para o próximo quadrimestre”.

Magalhães afirmou estar vigilante e comparou sua postura à de um “bacurau”, ave conhecida por enxergar no escuro: “Estou acompanhando isso com dois olhos. Olhos de bacurau. Observando as manobras que estão tentando fazer para impedir avanços não só na segurança, mas também na saúde e na educação”, complementou.

Ao encerrar sua fala, o deputado reforçou sua solidariedade com os trabalhadores da segurança pública e garantiu que continuará acompanhando de perto os desdobramentos fiscais e políticos que impactam diretamente as pautas das categorias mobilizadas. “Que essa mobilização de hoje seja o marco de uma jornada que vai exigir responsabilidade, transparência e respeito aos compromissos assumidos com os trabalhadores do nosso Estado”.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale