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Governo do Acre recebe delegação da Unesco para visita técnica de alinhamento do Programa de Resiliência Socioambiental

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), recebeu nesta sexta-feira, 6, na capital acreana, representantes da Or...

07/06/2025 12h52
Por: Redação068
Fonte: Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), recebeu nesta sexta-feira, 6, na capital acreana, representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para reunião técnica, que marca o início da implementação do Programa de Resiliência Socioambiental nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Igarapé São Francisco e Lago do Amapá.

No início do ano, a Sema recebeu doação do governo canadense no valor de cerca de R$ 15 milhões. Os recursos são destinados ao fortalecimento da governança ambiental, restauração florestal, segurança hídrica e bioeconomia.

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Governo do Acre recebe delegação da Unesco para visita técnica de alinhamento do Programa de Resiliência Socioambiental. Foto: Uêslei Araújo/Sema
Governo do Acre recebe delegação da Unesco para visita técnica de alinhamento do Programa de Resiliência Socioambiental. Foto: Uêslei Araújo/Sema

A visita técnica teve início pela parte da manhã, no Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), onde gestores e técnicos da Sema apresentaram à equipe da Unesco a composição da secretaria, sua atuação, dados referentes às APAs que serão beneficiadas e o plano de trabalho do programa de resiliência.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, destacou a importância do projeto para o equilíbrio ambiental.

Secretário de Estado do Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, destacou a importância do trabalho conjunto por um meio ambiente mais equilibrado. Foto: Uêslei Araújo/Sema
Secretário de Estado do Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, destacou a importância do trabalho conjunto por um meio ambiente mais equilibrado. Foto: Uêslei Araújo/Sema

“Esse é um projeto muito interessante, onde precisamos dessa multidisciplinaridade para atuar da melhor forma possível no território e trazer mais recursos para a área de meio ambiente, e tornar ele mais ecologicamente equilibrado”.

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O coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Fábio Eon, destacou a importância da iniciativa e os impactos positivos esperados com a implementação do projeto nas Áreas de Proteção Ambiental.

Coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Fábio Eon, pontuou variadas ações que o projeto pretende entregar. Foto: Uêslei Araújo/Sema
Coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Fábio Eon, pontuou variadas ações que o projeto pretende entregar. Foto: Uêslei Araújo/Sema

“Nesse projeto, em parceria com o Fundo Amazônia e com o apoio do governo do Canadá, teremos uma série de ações significativas, desde o fortalecimento da resiliência das comunidades locais, o desenvolvimento de trilhas de turismo sustentável, programas de apoio aos brigadistas que atuam na prevenção e mitigação de incêndios, além do monitoramento hídrico dessas regiões”.

Programa de Resiliência Socioambiental

A iniciativa inclui ações voltadas para a conservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, segurança hídrica e alimentar, além da promoção da igualdade de gênero e fortalecimento comunitário nas APAs do Igarapé São Francisco e do Lago do Amapá, em Rio Branco. O programa é composto por quatro eixos estratégicos e será aplicado até o final de 2026.

APA Lago do Amapá possui área de aproximadamente 5.200 hectares e tem grande importância para a biodiversidade da capital. Foto: Uêslei Araújo/Sema
APA Lago do Amapá possui área de aproximadamente 5.200 hectares e tem grande importância para a biodiversidade da capital. Foto: Uêslei Araújo/Sema

No eixo da Bioeconomia, o programa incentiva práticas sustentáveis como o extrativismo, a agricultura orgânica familiar e o turismo de base comunitária. A proposta inclui a criação de produtos sustentáveis, manuais técnicos, ações de educação ambiental e apoio a grupos locais para acesso a mercados e geração de renda.

Já o eixo de Restauração Florestal prevê ações para aumentar a resiliência das comunidades frente aos impactos das mudanças climáticas. As atividades incluem mitigação de riscos ambientais, recuperação de áreas degradadas e envolvimento de mulheres na gestão de riscos e adaptação climática.

No campo da Segurança Hídrica, o programa promove o reflorestamento e a proteção das sub-bacias do rio Acre. Além disso, investe em planejamento, educação, tecnologias sustentáveis e infraestrutura resiliente para fortalecer a capacidade adaptativa das comunidades locais quanto às mudanças climáticas.

Comunidade da APA Lago do Amapá pôde apresentar à comitiva da Unesco um pouco do potencial sustentável da região. Foto: Uêslei Araújo/Sema
Comunidade da APA Lago do Amapá pôde apresentar à comitiva da Unesco um pouco do potencial sustentável da região. Foto: Uêslei Araújo/Sema

Por fim, o eixo de Governança aposta na capacitação com enfoque em gênero e interseccionalidade. As ações envolvem campanhas de empoderamento feminino, programas de sensibilização para moradores e visitantes e fortalecimento das organizações comunitárias locais beneficiadas pelo projeto por meio de intercâmbios, comunicação e capacitação.

Todas as ações têm início previsto, a partir do primeiro ano de execução e envolvem diretamente as populações que vivem nas duas APAs, contribuindo para o desenvolvimento territorial sustentável da região.

O oficial de projetos da comitiva da Unesco, Sérgio Monforte, destacou o potencial do projeto para a comunidade das APAs.

Um dos oficiais de projetos da Unesco, Sérgio Monforte, ressaltou as potencialidades do projeto para o desenvolvimento social. Foto: Uêslei Araújo/Sema
Um dos oficiais de projetos da Unesco, Sérgio Monforte, ressaltou as potencialidades do projeto para o desenvolvimento social. Foto: Uêslei Araújo/Sema

“Esse projeto tem um potencial incrível de implementação dos recursos e melhoria da gestão, além da participação social dentro das APAs abrangidas pelo projeto. Foi um trabalho feito dentro da Secretaria de Meio Ambiente considerando diversas linhas de ação, onde os locais escolhidos pelo governo vão poder mostrar resultados não somente de conservação ambiental, mas também de desenvolvimento social e econômico para a população que mora nessas áreas”.

Também integraram a comitiva, o oficial de projetos Rodrigo Araújo e o consultor Miqueias Santos.

No período da tarde, os representantes da Unesco Brasil estiveram reunidos com lideranças da APA do Lago do Amapá e membros da Associação dos Moradores e Produtores Rurais da Estrada do Amapá (Amprea), e puderam ainda conhecer os brigadistas comunitários da área de proteção e alguns empreendimentos sustentáveis do setor extrativista na região.

O diretor de Meio Ambiente, Erisson Cameli, destacou a importância da visita técnica na APA do Lago do Amapá.

Diretor de meio ambiente da Sema, Erisson Cameli, ressaltou o papel da comunidade para o sucesso do projeto. Foto: Uêslei Araújo/Sema
Diretor de meio ambiente da Sema, Erisson Cameli, ressaltou o papel da comunidade para o sucesso do projeto. Foto: Uêslei Araújo/Sema

“A equipe da Unesco veio conhecer de perto o ambiente e a realidade dessas comunidades. Fizemos uma visita com as lideranças locais, apresentando tudo que encontramos dentro das APAs, desde o artesanato, a exploração das águas subterrâneas, a criação de abelhas, a horticultura, tudo o que fomenta a bioeconomia dentro da APA Lago do Amapá”.

Saiba mais

O Fundo Brasil-ONU, lançado em 31 de julho de 2023, é uma parceria estratégica entre o Consórcio da Amazônia Legal (CAL), a ONU Brasil, por meio da Unesco, e o governo federal, com o objetivo de apoiar a implementação de soluções sustentáveis e inclusivas para os desafios da Amazônia, com ênfase na segurança física, hídrica, climática, sanitária e alimentar das 29 milhões de pessoas que vivem na Amazônia. Além disso, busca preservar os modos de vida tradicionais e promover soluções alinhadas com a conservação ambiental.

Em dezembro de 2024 o fundo recebeu sua primeira grande doação, no valor de R$ 60 milhões (aproximadamente US$ 13 milhões), concedida pelo governo do Canadá. O anúncio foi feito pelo ex-primeiro-ministro Justin Trudeau, durante a Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro.

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