Com intensificação do monitoramento, governo do Acre aponta melhora na qualidade do ar no estado

Os meses de estiagem na região Norte do país representam um período de intensa atuação das autoridades no combate às queimadas e aos incêndios florestais. No Acre, o cenário não é diferente. Por isso, o governo estadual, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), redobra a atenção ao tema, com foco especial no monitoramento da qualidade do ar.

O Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental da Sema é o responsável por acompanhar a evolução da concentração de material particulado (PM2.5 µg/m³). Os dados divulgados nesta sexta-feira, 15, mostram que a média diária registrada em agosto de 2025, quando comparada aos anos de 2023 e 2024, indica condições de qualidade do ar classificadas como boas (0 – 25 µg/ m³).

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O município de Assis Brasil é o único classificado com qualidade do ar moderada, apresentando média diária de 26,19 µg/m³. Já em Rio Branco e Brasileia, os níveis diários de partículas ultrapassam o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 15 µg/m³, mas ainda são considerados dentro da faixa positiva.

Segundo o titular da Sema, Leonardo Carvalho, é por meio do monitoramento que o Estado consegue compreender o cenário e, assim, tomar decisões adequadas para todas as áreas afetadas pela poluição, incluindo a saúde pública.

“Sabemos que, com o aumento das queimadas e a piora da qualidade do ar, a probabilidade de surgirem doenças respiratórias aumenta consideravelmente, o que também sobrecarrega os hospitais. Por isso, o monitoramento é fundamental para entendermos como a qualidade do ar está se comportando nos municípios”, pontua.

Ações preventivas

Diante desse contexto, as forças estaduais apontam melhora, mas reconhecem que o quadro ainda precisa avançar. Por isso, a Sema mantém uma série de ações preventivas para coibir queimadas e incêndios, além de conscientizar a população a fim de reduzir cada vez mais o nível de fumaça nas áreas rurais e urbanas.

Tomando como base os ocorridos em 2024, quando os altos níveis de fumaça em todo o estado provocaram complicações em diversos setores devido às queimadas, existe um desejo do governo estadual de que esse cenário não se repita este ano. Para isso, a cooperação entre o poder público e os cidadãos é necessária e possui um grande impacto.

“Entendemos que grande parte também envolve a educação ambiental, que, juntamente com os outros órgãos do estado, temos realizado um trabalho importante para conscientizar a população de que precisamos de atitudes diferentes para obter resultados diferentes”, destaca Leonardo.

Além disso, a Sema integra um grupo coordenado pela Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC), chamado Grupo Operacional de Comando e Controle, no qual são discutidas as ações prioritárias. A pasta contribui com a análise e gestão de dados, acompanha os indicadores e emite relatórios e boletins para subsidiar as decisões do grupo.

Esforço mútuo

O apoio dos acreanos para que a estiagem não se torne ainda mais crítica é altamente valorizado pelo poder público. Com o esforço conjunto da população e do governo, é possível fortalecer ações preventivas e garantir melhores condições ambientais para todos. A colaboração de cada cidadão se torna essencial para enfrentar esse desafio de forma efetiva.

A Sema recomenda ainda que a população tenha consciência da necessidade de utilizar meios alternativos ao fogo. Com as mudanças climáticas e os eventos extremos que vêm ocorrendo, a barreira de umidade está fragilizada, aumentando ainda mais o risco de propagação do fogo.

“Pedimos às pessoas que fazem pequenos focos de incêndio para limpar terrenos ou suas chácaras que reconsiderem essa prática e procurem os órgãos públicos para realizar o descarte adequado do lixo. Da mesma forma, na zona rural, os pequenos produtores devem buscar orientação junto às secretarias municipais e estadual de Agricultura para encontrar alternativas ao uso de material inflamável”, reforça o secretário.

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