Prefeitura de Cruzeiro do Sul cria gabinete de crise para enfrentar seca e incêndios florestais

Prefeitura de Cruzeiro do Sul cria gabinete de crise para enfrentar seca e incêndios florestais

A Prefeitura de Cruzeiro do Sul, no Acre, instituiu um Gabinete de Crise para coordenar ações emergenciais em resposta à seca e aos incêndios florestais que vêm atingindo a região. O decreto que estabelece o gabinete foi assinado pelo prefeito em exercício, Henrique Afonso, e terá validade de 180 dias. O objetivo é mitigar os impactos sociais, econômicos e ambientais causados pela crise ambiental, conforme anunciado em 13 de setembro de 2024.

O gabinete é composto por 15 órgãos e entidades, incluindo o Exército Brasileiro, o Corpo de Bombeiros, a Companhia de Saneamento do Acre (Saneacre) e diversas secretarias municipais, como as de Saúde, Agricultura e Assistência Social. Entre as suas principais funções estão a avaliação da situação de emergência, coordenação de ações conjuntas e adoção de medidas preventivas e corretivas. A articulação com o Ministério Público e o Governo do Estado também faz parte do plano de ação.

O impacto dos incêndios na região já é significativo. No Parque Nacional da Serra do Divisor, em Mâncio Lima, um incêndio recente destruiu 14 hectares de vegetação, e, na Vila Pentecostes, em Cruzeiro do Sul, o Corpo de Bombeiros estima que mais 15 hectares tenham sido atingidos. As equipes de combate ao fogo estão utilizando técnicas de aceiro, que consistem em remover a vegetação para evitar a propagação das chamas. Além dos bombeiros, moradores, brigadistas e o Exército também estão envolvidos nas operações.

Esses incêndios prolongados e a seca estão afetando diretamente a vida da população local. Em Cruzeiro do Sul, a poluição resultante da queima obrigou as autoridades a suspender aulas em algumas escolas. As equipes de combate continuam atuando intensamente para controlar os focos de incêndio e proteger áreas residenciais que estão em risco.

Além das ações locais, o Acre está entre os estados que foram chamados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar contas sobre as medidas adotadas no combate a incêndios florestais. O STF exigiu que os estados afetados pela crise ambiental relatem as ações realizadas para conter os danos causados pelas queimadas, em uma tentativa de fortalecer as políticas públicas voltadas à preservação ambiental e combate à degradação.

As operações de combate ao fogo continuarão por tempo indeterminado, com o monitoramento constante da situação por meio de drones e equipes em campo.

Assessoria

Redação068

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