Acre registra 270 casos de febre do Oropouche em 2024, com um caso de transmissão vertical fatal
O Ministério da Saúde acompanha de perto a disseminação da febre do Oropouche no Brasil em 2024. Dados recentes mostram que apenas cinco estados ainda não notificaram casos da doença: Distrito Federal, Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Até o momento, o país registrou 7.653 casos de infecção e dois óbitos, ambos ocorridos na Bahia.
No Acre, foram confirmados 270 casos da febre do Oropouche, o que coloca o estado entre os mais afetados pela doença. A febre do Oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que se prolifera em ambientes com materiais orgânicos em decomposição.
Além dos casos de infecção geral, o Acre registrou um caso de transmissão vertical da febre, ou seja, quando a mãe transmite o vírus para o bebê durante a gestação ou no parto. O recém-nascido, que nasceu com anomalias congênitas, faleceu aos 47 dias de vida. A mãe havia apresentado sintomas como erupções cutâneas e febre durante o segundo mês de gravidez. Exames laboratoriais realizados após o parto confirmaram a presença do vírus Oropouche.
Este caso no Acre destaca a gravidade da doença e a necessidade de medidas preventivas. As autoridades de saúde recomendam à população que mantenha os quintais limpos e sem acúmulo de lixo orgânico, além de usar roupas que protejam o corpo e sapatos fechados em locais com muitos insetos. O mosquito transmissor tem preferência por ambientes com matéria orgânica em decomposição, o que reforça a importância da limpeza de áreas residenciais.
O Ministério da Saúde continua investigando outros casos suspeitos de transmissão vertical em estados como Pernambuco e Bahia, onde foram notificados oito casos até o momento. Em todo o Brasil, a situação é acompanhada pelo Painel de Monitoramento de Arboviroses, que atualiza regularmente os números de casos e óbitos.
O Acre, com seus 270 casos, enfrenta um desafio no controle da febre do Oropouche, ressaltando a importância de ações coordenadas de prevenção e monitoramento da população para evitar novos casos e mortes relacionadas à doença.