Com alta na carne bovina, consumo de carne de porco bate recorde no Acre

Com alta na carne bovina, consumo de carne de porco bate recorde no Acre

O brasileiro está comendo carne de porco como nunca. Em um ano, o consumo médio por pessoa bateu recorde: passou de 16,9 quilos para pouco mais de 18 quilos. Promoções em supermercados ajudam a explicar o crescimento do setor. Até quando a gente compara com o frango, alguns cortes da carne de porco estão mais em conta. Em um supermercado, o quilo do pernil suíno, por exemplo, é quase 30% mais barato do que o quilo de filé de frango com pele e osso.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no 2º trimestre de 2021 no estado do Acre, foram abatidos 13,39 mil cabeças de suínos. O recorde veio em função do aumento da exportação de carne suína para o exterior, principalmente para a Bolívia.

O Acre até o mês de maio de 2022, exportou 28 toneladas de carne suína do Complexo Agroindustrial Dom Porquito, em Brasileia, interior do Acre, para o Vietnã. A agroindústria já exporta carne suína para a Bolívia, Haiti, Hong Kong, Moçambique e Uruguai. No Brasil, os clientes da Dom Porquito são Rondônia, Amazonas e Roraima. A empresa tem produtores de porcos em Mato Grosso, que encaminham duas vezes por semana suínos para a sede em Brasileia, interior do Acre.

A Dom Porquito em parceria com 32 produtores parceiros criando suínos em sistema de integração, teve um crescimento de 25% em 2021 em relação a 2020 e 50% em 2022 em relação à 2021. A meta até o final deste ano é o abate diário de 310 suínos. A agroindústria exporta de 30% de toda produção, tendo como maior cliente o próprio Acre. A empresa, criada em 2016, fica entre Brasileia e Assis Brasil, na rota da Interoceânica.

No ano de 2011, foi criado o projeto Dom Porquito, uma iniciativa que ajudaria a consolidar um novo modelo econômico no Acre: a parceria pública-privada-comunitária. A empresa é uma Sociedade Anônima em que a Agência de Negócios do Acre tem 37% das ações e os demais acionistas, 63%. Os investimentos, só no frigorífico foram R$ 62 milhões, enquanto o complexo todo já englobou cerca de R$ 86 milhões. Os agricultores familiares, organizados em uma cooperativa, são responsáveis por realizar a engorda e cuidados para o crescimento do animal, que seguirá para o abate. A ração e orientações técnicas são fornecidas pela empresa.

Entre as carnes mais consumidas, a suína foi a única que ficou mais barata nos últimos 12 meses no prato dos acreanos. O preço da carne de porco teve queda de 5,52%, enquanto a de boi subiu 7% e a de frango teve alta de mais de 20%.

“Lá em casa sempre tem frango e o porco já a carne vermelhar é de vez em quando”, contou a dona de casa Maria José.

Redação068

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