
Por Cristiany Sales*
Quanto custará para sua carreira a próxima grande mudança tecnológica? Em um cenário de transformação digital acelerada, o profissional que domina uma única habilidade técnica corre o risco de obsolescência em menos de cinco anos. O dilema não reside mais na profundidade do conhecimento, mas sim na sua utilidade prática diante de um mercado de trabalho que valoriza a reinvenção constante. Como defende Alvin Toffler, em O Choque do Futuro, os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas sim aqueles que não sabem “aprender, desaprender e reaprender”. A relevância de um currículo hoje é medida menos pelo diploma de ontem e mais pela inovação que ele é capaz de gerar amanhã. É um chamado à reengenharia mental: o profissional do futuro será aquele cuja mente se curva com a mesma facilidade que a tecnologia avança.
A adaptabilidade emerge, portanto, como a habilidade central do século 21, superando em valor a mera competência técnica. Ela representa a capacidade de absorver novas ferramentas, desaprender métodos obsoletos e transitar entre diferentes áreas de conhecimento com velocidade e eficácia. Conforme o renomado historiador e futurista Yuval Noah Harari tem reiterado em suas análises, a única constante para a sobrevivência profissional será a capacidade de reinvenção contínua, exigindo que indivíduos “se reinventem repetidamente”. Para o mercado, essa flexibilidade mental traduz-se em uma utilidade prática imediata, pois transforma o colaborador em um agente de inovação na organização, impulsionando a relevância da equipe sem a necessidade de longos períodos de treinamento.
Nesse contexto, o aprendizado contínuo deixa de ser um diferencial e se torna uma condição para a sobrevivência. A verdadeira inovação não reside apenas na tecnologia em si, mas na disposição do profissional em dominá-la e aplicá-la rapidamente. A relevância de um especialista não está em sua bagagem do passado, mas na energia investida na atualização presente. O profissional mais valorizado é aquele que trata a aquisição de novos conhecimentos como um ciclo ininterrupto. Essa disciplina cria um perfil resiliente e altamente adaptável, capaz de enxergar oportunidades onde outros veem apenas barreiras intransponíveis.
O futuro pertence aos que se movem. A transformação começa com uma decisão consciente de priorizar a adaptabilidade sobre a especialização rígida. O novo critério de sucesso é, portanto, a velocidade com que se abraça a mudança, fazendo da adaptabilidade a nova moeda, e do aprendizado contínuo, o seu motor. Reflita honestamente: Qual habilidade você está desenvolvendo agora que não tinha há seis meses, e como essa nova capacidade contribui para a sua utilidade prática no mercado? Sua resposta pode ser a bússola que falta para conduzir você a uma jornada de reinvenção extraordinária.
Cristiany Sales é controladora interna da Agência de Negócios do Acre (Anac S.A.); pós-graduada em Auditoria Empresarial; Planejamento e Gestão; Pedagogia Empresarial com Ênfase em Gestão de Pessoas; Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos; e graduada em Direito e Pedagogia
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