Os desafios de fazer educação na Amazônia também levam em conta a alimentação escolar. No Acre, são 616 escolas, mais os anexos, incluindo escolas rurais e indígenas, onde o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), se faz presente fornecendo alimentação aos mais de 130 mil alunos da rede pública.
Um exemplo dos desafios enfrentados é que para se chegar à comunidade Nova Floresta são pelo menos oito dias subindo o Rio Envira, desde a saída da sede do município de Feijó. “E a alimentação é adaptada para resistir a essas distâncias”, explica a chefe da Divisão de Alimentação Escolar, a nutricionista Lorena Lima.
Em Feijó, entre as escolas atendidas com alimentação escolar estão a Argentina Santos da Silva, que possui 11 anexos, a Carlos Venizio Nunes, com 5 anexos, e a Francisco Wlisses de Medeiros, com nada menos do que 14 anexos, alguns dos quais com apenas seis alunos.
Devido às grandes distâncias que precisam ser percorridas para levar a alimentação, muitas escolas e anexos recebem quantidade suficiente para dois meses, como é o caso dos anexos Arlete Almeida, Padre Alberto Urban, Darcila Regina, Pedro Gomes de Paiva e Tereza de Carvalho.
Outras escolas rurais de Feijó contempladas com as ações do governo do Acre são a Paulino Feijó de Melo, a Vicente Brito de Souza, a Nossa Senhora do Nazaré e a Manuel Bezerra Pedrosa.
Em alguns anexos, como o Pantanal, ligado à escola Francisco Wlisses, há apenas 8 alunos. Já no anexo Wilson do Rego Leite, da escola Nossa Senhora de Nazaré, tem apenas 6 alunos. “Isso demonstra o compromisso do nosso governo com todos os nossos alunos”, enfatiza a nutricionista Lorena Lima.
As escolas indígenas de Feijó, com os seus anexos, que contemplam mais de 2 mil alunos, também recebem alimentação escolar. Algumas delas, devido à distância e à dificuldade de acesso, também obtêm quantidade suficiente para dois meses, como é o caso da escola Alto Bonito I, na Aldeia Califórnia e seus dois anexos, Limoeiro e Coqueiro.
Outro município no qual é preciso superar as distâncias é Mâncio Lima, onde a escola Maria Firmino possui 10 anexos, a maioria localizada ao longo dos rios Moa, Azul e seus afluentes. “Mesmo nessas localidades conseguimos entregar a alimentação para os nossos estudantes”, enfatiza Lorena Lima.
Em Mâncio Lima, além da Escola Maria Firmino, foram contempladas com a entrega de alimentação escolar as escolas Pedro Antônio de Oliveira, Hermílio Generoso, João Batista Diniz, Adélia Costa de Oliveira, Maria Lúcia da Costa Moreira e João Bernardo Rodrigues.
Para se ter uma ideia dos desafios que são enfrentados para contemplar todos os estudantes, os anexos da escola Maria Firmino possuem em sua totalidade 329 alunos. Um deles possui apenas 20 estudantes, mas sendo de grande importância para levar educação à essa comunidade.
De acordo com a nutricionista Lorena Lima, ao todo foram entregues entre os dias 9 e 11 de julho nos municípios de Feijó e Mâncio Lima 16 toneladas de alimentos, tanto às escolas indígenas quanto às escolas rurais.
Ela explica que, devido à logística das entregas, são encaminhadas quantidades suficientes para 60 ou até 90 dias, dependendo da distância a ser percorrida. “Considerando o acesso a algumas escolas, precisamos aumentar essas quantidades”, explica.
Outro ponto destacado por ela diz respeito aos produtos enviados. “Não encaminhamos gêneros perecíveis justamente devido a essas distâncias e, por isso, quanto às proteínas, damos prioridades aos enlatados, principalmente porque em alguns anexos o número de alunos é muito pequeno”, conta.
Entre os produtos levados às escolas rurais e indígenas da alimentação escolar estão: arroz, biscoito, café, carne de sol, carne em conserva, feijão, flocos de milho, leite em pó, leite pasteurizado, macarrão, milho verde, óleo de soja, sal, sardinha, além de sucos de caju, goiaba, maracujá e uva.
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