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Da periferia acreana ao cinema, jovem semeia cultura para transformar comunidades e destaca importância de políticas pública para essa transformação

“O cinema feito no Acre, pra mim, é o futuro”, enfatiza Gabriel Knoxx, acreano nascido na periferia de Rio Branco e que conquistou destaque naciona...

20/07/2025 16h20
Por: Redação068
Fonte: Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

“O cinema feito no Acre, pra mim, é o futuro”, enfatiza Gabriel Knoxx, acreano nascido na periferia de Rio Branco e que conquistou destaque nacional como protagonista de Noites Alienígenas, longa lançado em 2022 que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator Brasileiro no Festival de Cinema de Gramado. De volta ao estado, o artista grava seu novo trabalho, Rio Torto, um filme que abordará, com sensibilidade e lirismo, a violência contra a mulher e o papel simbólico do Rio Acre na identidade local.

Gabriel Knoxx é acreano e conta que por meio da arte tem conseguido mudar sua realidade. Foto: divulgação
Gabriel Knoxx é acreano e conta que por meio da arte tem conseguido mudar sua realidade. Foto: divulgação

Filho de empregada doméstica e criado por três mulheres guerreiras da periferia de Rio Branco, Knoxx saiu de casa aos 14 anos. A arte foi o seu abrigo, embora o caminho tenha sido tudo, menos fácil. Viver da arte independente exige resiliência, resistência e persistência.

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Antes de subir aos palcos e ganhar projeção, ele enfrentou noites ao relento, fome, e inúmeros “nãos”. E foi sem nenhuma experiência como ator que encarou o teste para Noites Alienígenas, dando vida ao personagem Rivelino, criação do roteirista e diretor Sérgio de Carvalho, paulista com o coração acreano.

Arte que transforma

A virada veio com o filme, mas o sonho de Knoxx vai além. Ele vê na arte um potente vetor de transformação social. “A arte me ajudou a superar essas barreiras de necessidades básicas que agora eu consigo correr atrás dos meus sonhos. Hoje eu consigo viver 100% do cinema e, além disso, faço parte da Mídia Ninja há dois anos. Trabalho na sede da Mídia Ninja, na nave coletiva, com produções de eventos culturais, que pra mim é um sonho realizado”, avalia.

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Noites Alienígenas não foi só um marco na sua trajetória. Knoxx acredita que o filme elevou o nome do Acre no cenário nacional e revelou a força da narrativa amazônica. “Acredito que chegou a vez de o Norte colocar a cara também não apenas no âmbito nacional, mas internacional. Precisamos nos posicionar cada vez mais, porque é uma grande potência o cinema do Acre. Temos grandes profissionais cada vez mais experientes e acredito que nossas histórias têm que ser contadas por nós mesmos”, destaca.

Rio Torto será gravado no Acre e vai abordar temas como feminicídio. Foto: divulgação
Rio Torto será gravado no Acre e vai abordar temas como feminicídio. Foto: divulgação

Políticas públicas e novas oportunidades

Ao longo da gestão do governador Gladson Camelí, diversos projetos e medidas vêm sendo articulados para impulsionar o setor cultural. Somente no ano passado, a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) conseguiu viabilizar R$ 41 milhões por meio das leis de incentivo Aldir Blanc e Paulo Gustavo, além do Fundo Estadual de Cultura, fomentando ações em todo o estado.

Knoxx reconhece a importância desses investimentos: “As leis de apoio, de fomento à cultura são importantes para não ficarmos reféns de ter que vir produtoras de fora pra tentar falar sobre o que a gente passa, vive e contem nossas histórias. Acho que é muito importante isso, deixar nossas histórias em nossas mãos, para que nós possamos contá-las”, enfatiza.

O presidente da FEM, Minoru Kinpara, destaca que 2024 foi um ano de grandes realizações e investimentos no setor cultural e define esse momento como histórico.

“Um investimento sem precedentes na história cultural do Acre. O governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour, realizou extensas escutas com os nossos fazedores de cultura para entender, em profundidade, como os editais deveriam ser construídos e de que forma os recursos deveriam ser distribuídos. Todo esse processo foi conduzido de maneira democrática, respeitosa, transparente e dentro da legalidade”, ressalta.

Ele afirma que os resultados ganham corpo ao conhecer histórias como a de Gabriel. “O mais valioso é que essas produções culturais capturam nossa memória, nossa identidade, valores e crenças. Ao vivenciar cada uma dessas expressões artísticas, reafirmamos o orgulho pelo nosso estado, pelo nosso querido Acre e por tudo o que nos constitui. A Lei Paulo Gustavo é, sem dúvida, um marco histórico e transformador para a cultura acreana”, conclui.

Além do longa Rio Torto, Knoxx prepara também um curta-metragem contemplado pela Lei Paulo Gustavo, que será gravado no Acre. Seu sonho? Fazer a arte chegar a quem mais precisa.

“Quero abrir casas de cultura dentro de várias comunidades e expandir cada vez mais para que crianças, ao saírem da escola, tenham atividades culturais e possam desenvolver o canto, desenho, violão e trabalhar o melhor delas. Quero voltar para o Acre com esse recurso e poder gerar essa oportunidade para todas as crianças, absolutamente todas, sem nenhuma ficar de fora”, planeja.

Gabriel destaca que políticas públicas voltadas para a cultura do estado transformam vidas. Foto: divulgação
Gabriel destaca que políticas públicas voltadas para a cultura do estado transformam vidas. Foto: divulgação

Sobre Rio Torto

O novo longa mergulha em um tema doloroso e urgente: o feminicídio. A trama acompanha os momentos de libertação de uma mulher que enfrenta as opressões do patriarcado. Para escapar de um relacionamento tóxico, ela embarca em uma jornada pelo rio, guiada por um catraeiro. Nessa travessia, vai se encontrando — com a ajuda das lições que o próprio rio lhe oferece.

“Em nosso filme, o rio que corta o Acre é um personagem importante. Falamos do contraste entre um urbano caótico e o rio plácido que está presente em nossas vidas, mas que os próprios moradores se esquecem de olhar e cuidar. É um tema sensível. E o filme fala de tempos. Um tempo acelerado da cidade e o tempo do rio. Uma mulher que vive oprimida e a liberdade que ela encontra ao sabor das correntezas. Creio que o público em geral irá gostar. Falamos do Acre atual, mas também do Acre de nossos antepassados”, explica.

Acre tem tido projeção nacional com produções feitas no estado por acreano. Foto: divulgação
Acre tem tido projeção nacional com produções feitas no estado por acreano. Foto: divulgação

Cinema como ferramenta de mudança

Para Knoxx, o sucesso de Noites Alienígenas revelou a potência do Acre e a urgência de novos investimentos na cultura. “Mostrou a força, potência e a importância de novos investimentos em todas as áreas culturais. Colocamos o Acre no mapa do cinema brasileiro, isso não é pouca coisa em um país tão preconceituoso com o povo do Norte. Por isso também é importante a implementação de novas políticas públicas de cultura sérias para que mais e mais gente possa fazer, possa brilhar. Somente através da cultura e da educação poderemos elevar a autoestima de nosso povo.”

E ele acredita: valorização de artistas e ações efetivas são o caminho para que o estado conte sua própria história com protagonismo. “A distribuição melhor de renda e investimentos na força do nosso povo vai fazer com que a gente possa contar nossa própria história e não mais ver e ouvir outros povos com suas narrativas sobre nós. O teatro, a dança, a cultura popular, o cinema, precisam ser priorizados em novas políticas públicas para que possamos ser protagonistas neste país. E o empresário acreano precisa entender que investir em cultura não é gasto, mas investimento.”

Sobre Rio Torto, ele deixa uma última provocação: o filme vai trazer questões que precisam ser debatidas com urgência. “Estamos mostrando relacionamentos tóxicos abusivos, porque as mulheres sofrem nesses ambientes. A gente tem que fazer essa denúncia ao vivo e a cores e espero que esse filme alcance esses lugares, os maiores lugares para que essa denúncia chegue cada vez mais longe e as pessoas tenham consciência desse desafio, que é uma luta que todos devem abraçar.”

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