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Governo do Acre reúne mais de 500 pessoas em evento sobre inclusão e reabilitação de pessoas com deficiência

Em iniciativa do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Governo (Segov) e Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre), e...

26/07/2025 10h58
Por: Redação068
Fonte: Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

Em iniciativa do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Governo (Segov) e Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre), em parceria com dezenas de órgãos públicos e associações ligadas ao movimento de pessoas com deficiência, o evento “Perspectivas da Reabilitação no Brasil: uma visão médico-paciente” reuniu mais de 500 pessoas no auditório do Centro Universitário Uninorte nesta sexta-feira, 25, em Rio Branco.

Mais de 500 pessoas participaram do encontro realizado pelo governo no auditório da Uninorte. Foto: Neto Lucena/Secom
Mais de 500 pessoas participaram do encontro realizado pelo governo no auditório da Uninorte. Foto: Neto Lucena/Secom

O momento foi descrito como um divisor de águas na política estadual de inclusão e reabilitação, ao reunir autoridades, pacientes, gestores, profissionais da saúde, acadêmicos e familiares num mesmo espaço de escuta e compromisso coletivo. A palestra “Reabilitando Vidas e Sonhos”, conduzida pelo médico ortopedista e também paciente de reabilitação Flávio Benez, foi o ponto alto de uma noite que trouxe debates e reflexões.

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A mesa de abertura contou com a presença de autoridades como a vice-governadora e secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Mailza Assis; a secretária adjunta da Sesacre, Ana Cristina Moraes; a presidente da Fundhacre, Sóron Steiner; o secretário de Governo, Luiz Calixto; a secretária adjunta da Sesacre, Ana Cristina Moraes; e dos representantes do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conede) e do Centro de Apoio à Pessoa com Deficiência Física (Capedac), Ana Lúcia Cunha e Mazinho Silva, respectivamente.

Evento destacou o papel das políticas públicas na inclusão de pessoas com deficiência no Acre. Foto: Neto Lucena/Secom
Evento destacou o papel das políticas públicas na inclusão de pessoas com deficiência no Acre. Foto: Neto Lucena/Secom

Para a vice-governadora Mailza Assis, o auditório cheio mostra a urgência de um governo que se compromete com as realidades das pessoas com deficiência do estado. “Assim como o nosso querido Dr. Flávio tem uma história de superação, cada um aqui carrega sua própria dor, seus próprios desafios. E eu tenho a oportunidade de estar aqui hoje dizendo que não estamos ignorando essa pauta. Já avançamos, mas sabemos que há muito mais a fazer. Cada associação, cada pessoa, cada família que está aqui hoje prova que não existe política pública sem gente, sem afeto, sem presença”.

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Vice-governadora Mailza reforçou o compromisso do Estado com políticas voltadas à população com deficiência. Foto: Neto Lucena/Secom
Vice-governadora Mailza reforçou o compromisso do Estado com políticas voltadas à população com deficiência. Foto: Neto Lucena/Secom

O secretário de Governo, Luiz Calixto, reforçou a responsabilidade coletiva de manter a pauta das pessoas com deficiência como prioridade no planejamento de governo. “Nós temos que colocar essa pauta no lugar certo. Estamos falando de pessoas que precisam ser atendidas na nossa rede hospitalar, que têm direito ao trabalho, ao lazer, ao cuidado. E essa inclusão precisa ser cotidiana, não um ato simbólico. Precisamos motivar, superar, inovar, incluir. Isso tem que estar na ordem do dia”.

Secretário Luiz Calixto defendeu que a inclusão de PcDs deve estar no centro das decisões de governo. Foto: Neto Lucena/Secom
Secretário Luiz Calixto defendeu que a inclusão de PcDs deve estar no centro das decisões de governo. Foto: Neto Lucena/Secom

A presença de Flávio Benez trouxe, além de sua expertise médica, um testemunho pessoal de força e ressignificação. O médico ortopedista e fisiatra é diretor técnico do Serviço de Reabilitação Lucy Montoro, em Fernandópolis (SP), um dos principais centros de referência em reabilitação do país, com reconhecimento internacional. Sua autoridade no tema vai além da trajetória profissional: em 2014, após um acidente doméstico que o deixou tetraplégico, tornou-se também paciente do próprio serviço. Durante a palestra, Benez compartilhou sua vivência como médico e como pessoa com deficiência, enfatizando que nenhuma condição física define os limites de alguém.

Médico e paciente, Benez compartilhou sua história de superação e defendeu mais igualdade. Foto: Neto Lucena/Secom
Médico e paciente, Benez compartilhou sua história de superação e defendeu mais igualdade. Foto: Neto Lucena/Secom

“Eu não conhecia o Acre pessoalmente, mas fui recebido com tanto carinho que me emociono. Quando a gente passa a viver na pele as dores e as superações que antes víamos do ponto de vista técnico, tudo muda. E o que eu posso dizer é: todas as pessoas têm lugar neste mundo. O que falta, muitas vezes, é oportunidade, é estrutura, é um olhar que enxergue dignidade. E esse evento é esse olhar”, declarou o palestrante.

A secretária adjunta da Sesacre, Ana Cristina Moraes, resumiu a potência do momento ao destacar que políticas públicas só são efetivas quando enxergam o outro com verdade e escuta. “Não estamos falando apenas de tratamento, mas de emancipação. Pessoas com deficiência desenvolvem talentos incríveis, precisam de oportunidades. Hoje, tratamos da reabilitação na perspectiva técnica e humana. Combatemos o capacitismo ao reconhecer o valor de cada vida”.

Diversas instituições ligadas à pauta das PcDs atuaram na construção do evento. Foto: Neto Lucena/Secom
Diversas instituições ligadas à pauta das PcDs atuaram na construção do evento. Foto: Neto Lucena/Secom

A presidente da Fundhacre, Sóron Steiner, destacou o marco histórico da data e a importância de pautar a reabilitação como política transversal e contínua. “O dia 25 de julho entrou para a história da reabilitação no Acre. Discutimos reabilitação de corpos, mas também de sonhos, de projetos de vida. E o Flávio nos lembrou disso com a sua trajetória. Essa é uma pauta que envolve a saúde, sim, mas envolve também educação, assistência, transporte, comunicação. Precisamos construir políticas públicas que caminhem juntas”.

Presidente da Fundhacre, Sóron Steiner apontou a reabilitação como eixo transversal das políticas públicas. Foto: Neto Lucena/Secom
Presidente da Fundhacre, Sóron Steiner apontou a reabilitação como eixo transversal das políticas públicas. Foto: Neto Lucena/Secom

Durante o encontro, alguns depoimentos retrataram o cotidiano de muitas pessoas com deficiência. Ana Lúcia Cunha, presidente do Conede, relembrou as barreiras que enfrentou por ser mulher com deficiência, e o quanto ainda é necessário lutar pelos direitos e provocar mudança. “Tive poliomielite, me deram 50 anos de vida. Já passei disso. Mas eu só consegui continuar porque tive suporte. O diagnóstico não é destino. E quando olhamos esse auditório cheio, vemos poucas mulheres cadeirantes. Porque a realidade ainda é cruel com a mulher com deficiência. Mas a gente precisa incomodar. Porque somos gotas d’água que abrem caminho. E só incomodando a gente consegue ser ouvido”.

Ana Lúcia chamou atenção para a invisibilidade de mulheres com deficiência. Foto: Neto Lucena/Secom
Ana Lúcia chamou atenção para a invisibilidade de mulheres com deficiência. Foto: Neto Lucena/Secom

Mazinho Silva, representante da Capedac, reforçou o desejo de que práticas adotadas em centros de referência como o de São Paulo possam ser adaptadas e aplicadas também no Acre. “Hoje a gente veio aqui com as melhores expectativas. Temos parcerias com o Estado, temos histórias para contar, mas queremos avançar mais. A experiência do doutor Flávio em São Paulo nos inspira, e se for da vontade de Deus, vamos implementar essa forma de reabilitação aqui também”.

Representante do Capedac, Mazinho falou sobre as parcerias da associação no Acre. Foto: Neto Lucena/Secom
Representante do Capedac, Mazinho falou sobre as parcerias da associação no Acre. Foto: Neto Lucena/Secom

O evento foi encerrado com um sentimento coletivo de pertencimento e urgência de continuar. O Acre tem hoje cerca de 70 mil pessoas, entre pessoas com deficiência e familiares, diretamente envolvidos na luta por uma vida digna. O Estado, por sua vez, assume o compromisso de manter a pauta viva e em movimento, porque políticas públicas só funcionam quando realmente chegam a quem precisa delas.

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