Durante a sessão da Aleac, o parlamentar do PDT ressaltou a importância da produção rural para a economia nacional e pediu mais apoio aos produtores locais, com crédito, assistência técnica e menos burocracia.
Durante a sessão desta quarta-feira (29) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Marcus Cavalcante (PDT) fez um pronunciamento em defesa do agronegócio e dos produtores rurais do Estado. O parlamentar destacou que é preciso valorizar quem produz e criticou a atuação de órgãos ambientais que, segundo ele, têm extrapolado suas competências ao aplicar multas e embargos contra pequenos agricultores.
“Temos que tratar bem nossos produtores, nossos agricultores. Temos que estender a mão com empréstimos, com juros subsidiados, com assistência técnica, porque ai desse país, se não fosse o nosso agronegócio”, afirmou o deputado, ao mencionar sua participação no 34º Congresso Brasileiro de Agronomia, que contou com palestras dos ex-ministros Roberto Rodrigues e Aldo Rebelo.
O pedetista lembrou que, no Acre, muitos produtores têm sido penalizados por órgãos como o Ibama e o ICMBio, o que, segundo ele, desestimula o trabalho no campo e gera insegurança. “Vimos aqui, nesta Casa, depoimentos que nos cortaram o coração. Isso não é o nosso caminho. Não podemos fazer isso com essa classe”, criticou.
O parlamentar também fez uma retrospectiva histórica, recordando que nas décadas de 1970 e 1980 o incentivo do governo era para desmatar e criar gado. “Graças àqueles abnegados produtores, hoje estamos exportando carne para outros Estados da Federação. Depois veio toda essa pressão ambiental para que não se desmatasse, e ficamos travados. O Acre é um dos Estados que menos desmatou no país e mesmo assim é punido”, pontuou.
Marcus Cavalcante ressaltou que o Acre precisa encontrar um equilíbrio entre produção e preservação, defendendo políticas públicas que garantam segurança jurídica e condições de expansão sustentável da pecuária e da agricultura.
“Não queremos a ilegalidade, mas temos que produzir. Passamos décadas parados enquanto outros Estados se desenvolveram. Aqui, a soja chegou há pouco mais de dez anos. Precisamos encontrar caminhos para gerar riqueza e empregos”, defendeu.
O deputado ainda criticou a influência de organizações não governamentais (ONGs) nas decisões ambientais do país, citando fala do ex-ministro Aldo Rebelo:
“Essas ONGs estão mandando no Ministério do Meio Ambiente no Brasil. Essa é a palavra dele, e está gravada”, reproduziu o parlamentar.
Ao citar também o ex-ministro Roberto Rodrigues, Marcus Cavalcante destacou os desafios enfrentados pelo país e a relevância do setor produtivo na superação deles.
“Temos três fantasmas que nos entristecem: a segurança alimentar, a transição energética e a desigualdade social. E quem vai enfrentar isso é o agronegócio”, afirmou.
O parlamentar também reforçou que o mundo está de olho no Brasil por seu potencial de produção. “Ninguém tem clima, terra e água como nós temos. O mundo precisa comer. Onde há fome, há guerra. O agronegócio é a força que sustenta o país”, afirmou, destacando que o setor agropecuário é o motor da economia nacional e que precisa de respaldo do Estado para continuar crescendo de forma equilibrada.
Cavalcante finalizou pedindo celeridade nos licenciamentos ambientais e mais incentivo à produção:
“Precisamos que a questão ambiental seja resolvida o mais rápido possível. Não pode levar tanto tempo. O Acre é rico em terras e água. Precisamos transformar isso em desenvolvimento para nosso povo.”
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale
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