Como parte das ações de defesa vegetal, o governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), deu início ao 1º Seminário sobre Monilíase no Acre – Desafios e Estratégias de Enfrentamento, realizado nos dias 3 e 4 de novembro, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), em Rio Branco.
O evento reúne produtores rurais, técnicos das defesas agropecuárias da região Norte e da Bahia, representantes de instituições públicas e privadas do setor agropecuário, além de estudantes da área de agronomia.

Além do seminário, o Idaf promove, entre os dias 5 e 7, a 3ª Caravana Educativa de Prevenção e Combate à Monilíase. A ação conta com técnicos do órgão realizando atividades em campo, com visitas a escolas rurais e comunidades produtoras de base familiar. O objetivo é levar informações técnicas e orientações práticas sobre o reconhecimento da doença, as formas de prevenção e o manejo adequado das culturas de cacau e cupuaçu, principais alvos da praga quarentenária.
Endêmica em países vizinhos, como Colômbia, Equador e Peru, a monilíase acendeu um sinal de alerta entre os produtores brasileiros, especialmente na Região Norte, onde a doença já está presente no Acre e no Amazonas. Por fazer fronteira com áreas afetadas, o Acre tem desempenhado um papel estratégico nas ações de vigilância e controle da doença, na prevenção fitossanitária e na sustentabilidade da produção agrícola no estado e em todo o país.

Segundo o presidente do Idaf, José Francisco Thum, o seminário é um espaço importante para promover o intercâmbio de conhecimentos e fortalecer parcerias em prol da sanidade vegetal.
“O governo do Acre segue comprometido em fortalecer o trabalho conjunto entre os órgãos de defesa de todo o país e os produtores rurais no combate à monilíase. O Idaf tem um papel estratégico na prevenção dessa praga, quando em 2021, na região do Juruá, foi detectado o primeiro foco da doença no Brasil. Desde então, com apoio do Mapa, nossa equipe mantém o monitoramento, conseguindo conter o foco no estado. Isso demonstra o trabalho qualificado de todos os nossos técnicos, já que a monilíase é uma ameaça real para as culturas de cacau e cupuaçu, e precisamos estar preparados para agir de forma rápida e eficiente”, ressaltou.
Durante o evento, o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Veronez, destacou a importância das medidas fitossanitárias implantadas e das políticas públicas de apoio aos produtores rurais.
“O Idaf vem trabalhando fortemente com a missão de proteger as plantações contra pragas e doenças, garantindo a sanidade e demonstrando o compromisso em proteger nossa agricultura e assegurar a sustentabilidade das lavouras. É uma medida eficaz, pois, dessa maneira, utilizamos os mecanismos necessários para as boas práticas de manejo e a inserção do cacau e do cupuaçu no mercado, beneficiando nossos produtores rurais e gerando um impacto positivo na economia”, explicou.
A integração entre instituições federais, estaduais e municipais, juntamente com o apoio dos produtores rurais, fortalece o controle fitossanitário em todo o país. Quando as diferentes esferas de defesa vegetal atuam de forma conjunta, é possível realizar um monitoramento mais eficiente das lavouras, com adoção rápida de medidas de controle.

Para o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Acre (Mapa), Paulo Trindade, a parceria entre o governo federal e estados como o Acre é fundamental para garantir a sanidade das lavouras e a competitividade da agricultura brasileira no mercado internacional.
“Parabenizo o Idaf pelo trabalho de combate à monilíase no Acre. É um esforço em equipe que facilita a ampliação de convênios e o fortalecimento das ações, pois sabemos do comprometimento do órgão. Quando falamos em combate à monilíase, precisamos destacar não apenas a doença, mas também a segurança alimentar e a comercialização dos nossos produtos. Iniciativas como este seminário e a caravana educativa são essenciais para capacitar produtores e técnicos, evitando a disseminação da praga para outros estados”, afirma.

“É um prazer estar aqui para discutir um tema tão importante, que é a monilíase. Viemos apresentar os trabalhos que vêm sendo realizados em Brasília, com levantamentos e estudos. As ações que o Idaf desenvolve no estado são sensacionais, pois sabemos da dificuldade do trabalho em campo, nos rios e no monitoramento. Mesmo assim, a monilíase não se espalhou, o que faz do órgão uma referência em todo o Brasil”
Ricardo Hilmam, coordenador-geral de Proteção de Plantas do Mapa, em Brasília
“Hoje, os focos estão concentrados nos estados do Acre e do Amazonas, e isso exige um grande esforço conjunto entre o Mapa e as agências de defesa de todo o país. Nossa atenção está voltada para esses focos, pois, caso a doença chegue às áreas produtoras de cacau, como os estados do Pará, Bahia, Rondônia e Espírito Santo, que são os quatro principais produtores, o impacto econômico, social e ambiental será enorme”
Catarina Contrim, coordenadora do Programa de Monilíase da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab)
“Vir ao Acre é ter acesso a informações reais, porque é um local onde há foco da monilíase. Este seminário serve justamente para isso: alinhar informações e estreitar relacionamentos, para que, caso a doença chegue ao Pará, estejamos preparados para enfrentá-la”
Rafael Haber, coordenador de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará)
“No momento, em Roraima, estamos em fase de prevenção, pois ainda não há registro da monilíase. No entanto, há uma grande preocupação, já que o governo está implementando um polo cacaueiro, e vários produtores estão iniciando a cultura do cacau. Estamos aqui para aprender com quem já enfrenta essa situação, mesmo já conhecendo todos os protocolos fornecidos pelo Mapa. O Idaf é exemplo de contenção de foco, com trabalhos realizados por uma equipe altamente eficiente”
Vanuza Xavier, coordenadora do Programa de Monilíase da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr)
“A Adaf tem a missão de executar ações de defesa vegetal, com medidas de conscientização e prevenção da doença, destacando os riscos da monilíase para a sustentabilidade da produção de cacau e cupuaçu, principalmente na cidade de Guajará, que faz fronteira com Cruzeiro do Sul, onde há foco da doença. É de extrema importância essa parceria entre Acre e Amazonas no combate a essa praga”
Raiury Santos, coordenadora de Defesa Vegetal de Guajará, no Amazonas e representante da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf)
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